Iraque: D. Louis Sako apontado para receber Prémio Sakharov

Petição apoia ainda nome do muçulmano Mahmoud Al Asali, que morreu em defesa dos cristãos

Lisboa, 18 set 2014 (Ecclesia) – Quase 71 mil pessoas já assinaram uma petição para a atribuição do Prémio Sakharov ao presidente da conferência episcopal do Iraque, D. Louis Sako, e ao professor muçulmano Mahmoud Al’Asali, no âmbito do combate à intolerância religiosa.

De acordo com a nota colocada no site da iniciativa, “numa época de perseguição crescente aos cristãos, a União Europeia deve aprimorar o direito humano da liberdade de religião e opor-se à perseguição contra os cristãos na Europa e em todo o mundo”.

“Uma homenagem apropriada seria uma premiação conjunta para o patriarca Louis Raphael Sako, e para o professor Mahmoud Al’Asali”, pode ler-se.

D. Louis Sako, que também é líder da Igreja Caldeia Católica, tem insistentemente alertado a comunidade internacional para a necessidade de intervir no Iraque para defender as populações, cristãs e de outras minorias religiosas ou étnicas, da ação dos fundamentalistas do Estado Islâmico.

Para os promotores da petição, aquele responsável “é a mais elevada autoridade religiosa dentre as minorias cristãs perseguidas”.

“Com a sua coragem e determinação, ele inspira muitas pessoas a defenderem aquilo em que o seu povo acredita, isto é, lutar pela liberdade de religião dos indivíduos e chamar a atenção para a perseguição aos cristãos no mundo árabe e em todo o mundo”, complementam.

Por seu lado, o professor muçulmano Mahmoud Al’Asali ficou conhecido por ter “dado a sua vida pelos cristãos de Mossul”, no Iraque, a 20 de julho de 2014.

A atribuição do Prémio Sakharov ao docente seria uma forma póstuma de homenagear quem “se recusou a ficar calado diante da violência contra os cristãos, obrigados a escolherem entre a conversão ao islamismo, o pagamento da jizyah (o imposto islâmico para os não-islâmicos), o exílio ou o assassinato”, refere a nota.

Este prémio de direitos humanos vai ser entregue no Parlamento Europeu dia 26 de novembro, 24 horas depois da visita formal que o Papa Francisco vai fazer aos membros daquele órgão comunitário.

JCP

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