A Páscoa dos sós

A Páscoa dos sós A Capelania dos Imigrantes Africanos do Patriarcado de Lisboa promoveu, dia 20 de Abril, uma festa de Páscoa com os estudantes e imigrantes que vivem só e que, segundo o Pe. Veríssimo Teles, Capelão destes imigrantes, “foi uma actividade orante e de convívio onde a partilha esteve bem patente”. Um encontro, na paróquia de Santa Joana Princesa, onde as palavras de motivação também ocuparam o seu espaço porque este era “destinado àqueles que não tinham a presença da sua família” – disse. Se ao nível dos estudantes, que eram cerca de centena e meia, a ausência de família é normal, ao nível dos imigrantes a realidade é distinta porque muitos deles “têm em Portugal parte da sua família”. E exemplifica: “os cabo-verdianos e angolanos trazem a sua família” ao contrário dos guineenses que “estão mais sós”. Um diálogo inter-cultural porque “nestes convívios o relacionamento humano supera as dificuldades do dia a dia” – realça o Pe. Veríssimo Teles que reconhece “que os africanos são mais abertos à inter-culturalidade que os europeus”. Nesta festa de Páscoa, o capelão dos imigrantes africanos salientou também o seu papel de ombro acolhedor porque muitos destes imigrantes” têm medo que os mandem embora”. E denuncia: “o Estado está a fazer exigências e não recebem os processos das pessoas”.

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