Mundo: Confederação Internacional da Cáritas alerta para crise humana no Médio Oriente

Cardeal Oscar Maradiaga pediu fim do fornecimento de armas que alimentam os conflitos

Cidade do Vaticano, 17 set 2014 (Ecclesia) – O presidente da Confederação Internacional da Cáritas defendeu em Roma que a resolução dos conflitos no Iraque, Síria e Faixa de Gaza deve ser feita pelo “diálogo ou outro caminho” em vez de mais violência.

“A paz não pode ser imposta do exterior mas deve nascer de dentro, justiça social entre todas as pessoas”, disse D. Oscar Maradiaga que assinalou que os atuais conflitos são “a maior crise que o mundo tem que enfrentar depois da II Guerra Mundial”.

Por isso, o presidente de Caritas Internationalis convidou todos os Governos “à total cessação do fornecimento de armas aos países do Médio Oriente”, na abertura do encontro de alto nível dedicado à crise na região, com os presidentes e diretores das Cáritas dos países envolvidos e com os seus parceiros internacionais.

No encontro que termina hoje, os responsáveis refletiram “juntos sobre qual possa ser a melhor resposta, nos próximos meses e anos, para a tragédia que atinge o Médio Oriente”, disse Michel Roy, secretário-geral da ‘Cáritas Internationalis’, ao jornal do Vaticano, ‘L’Osservatore Romano’.

Roy acrescentou que, neste encontro de dois dias, foi debatido “o modo como se pode colaborar com organizações da Igreja Católica ou outras para promover a paz e a estabilidade na região”.

A Caritas Internationalis relembrou que cerca de 1,3 milhões de iraquianos tiveram de abandonar as suas casas e que os agentes da Cáritas do Iraque também fugiram pela ação dos militantes do Estado Islâmico.

“Os extremistas no Iraque e na Síria oriental estão a difundir a purificação étnica e religiosa numa vasta região sob o seu controle”, frisou D. Oscar Maradiaga.

A instituição católica destacou ainda os números no conflito da Síria onde mais de 13 milhões de pessoas “vivem em condições desesperadas” e a cada minuto quatro crianças são “obrigadas a deixar as suas casas”; três milhões de sírios refugiaram-se na Jordânia, Líbano e Turquia.

OR/CB/OC

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