Genebra, Suíça, 15 set 2014 (Ecclesia) – O representante da Santa Sé nas Nações Unidas, D. Silvano Tomasi, alertou hoje em Genebra, na Suíça, para o risco de abordar a questão do envelhecimento demográfico sob uma perspetiva meramente “económica e funcional”.
Esta perspetiva “ameaça criar uma cultura onde os mais frágeis da sociedade – os nascituros, os mais pobres, os doentes e idosos, os gravemente incapacitados, entre outros – poderão ser descartados por um sistema que tem de ser eficiente a todo o custo”, sublinhou o arcebispo durante 27. ª Sessão Especial do Conselho de Direitos Humanos da ONU.
Numa mensagem relacionada com um relatório independente sobre a promoção e proteção dos direitos dos idosos, enviada à Agência ECCLESIA, o delegado da Santa Sé recordou a importância que os mais velhos têm para a sociedade, enquanto portadores de uma vasta “sabedoria e experiência”.
“O número crescente de idosos, especialmente aqueles que ainda permanecem de boa saúde, significa que a sociedade ainda pode contar com o seu contributo por um período mais longo de tempo”, sustentou D. Silvano Tomasi.
No entanto, para isso são necessárias também mudanças ao nível da estrutura da sociedade, sobretudo “no mundo do trabalho, dos cuidados de saúde, do desenvolvimento tecnológico, dos direitos de propriedade intelectual, dos sistemas de proteção social, e das relações intergeracionais”, complementou.
JCP