Iraque: O «desafio» de manter o «Evangelho vivo» explica sacerdote em Bagdade

Lisboa, 15 set 2014 (Ecclesia) – O padre Luis Montes acompanha os fiéis católicos em Bagdade, Iraque, e explicou à Fundação Ajuda à Igreja que Sofre o “desafio” de apoiar os cristãos que fogem Estado Islâmico e o desenvolvimento da pastoral num país de maioria muçulmana.

“Aqui os cristãos não têm nada disso. Todo nosso apostolado é dentro da igreja, tudo muito reduzido, com menos fiéis e com muita gente que é hostil ao cristianismo”, revelou o sacerdote do Instituto do Verbo Encarnado.

Desde 2010 no Iraque, o padre Luis Montes assinala que “é um desafio grande fazer que o Evangelho continue vivo” porque a realidade é “totalmente diferente” do Ocidente e não podem manifestar publicamente a fé cristã para além de serem uma “minoria e discriminados”.

“É tudo a conta-gotas, não se podem realizar atividades pastorais fora da igreja como procissões. É um lugar onde até as crianças sofrem discriminações nas escolas”, exemplifica.

A insegurança, segundo o sacerdote, não é recente, com a chegada do Estado islâmico mas uma ameaça antiga.

“Há anos se afirma que são perpetrados cerca de vinte atentados por dia no Iraque. Em Bagdade quase todos os dias há atentados nas ruas. Isto certamente cria um cenário perigoso”.

O padre Luis Montes desenvolve a sua missão com o padre Jorge Cortês, também do Instituto do Verbo Encarnado, e mantêm o blogue “Amigos do Iraque” onde publicam informações da realidade local.

“Continuamos a realizar a mesma ação pastoral para oferecer sustento espiritual”, acrescenta o sacerdote que explica que com o aumento dos refugiados em fuga do Estado Islâmico têm “dificuldade em chegar a todos”

A ajuda humanitária também é coordenada pelos sacerdotes que estão a tentar que cubra pelo menos “as necessidades básicas”.

RV/CB/JCP

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top