Padre Querubim Silva fala em contrariar com «trabalho» o «desinvestimento» do Governo
Aveiro, 15 set 2014 (Ecclesia) – O presidente da Associação Portuguesa de Escolas Católicas (APEC) sublinha que as “dificuldades” ao nível de recursos financeiros e humanos não vão ser um obstáculo para a busca de um ensino de «qualidade».
Em declarações à Agência ECCLESIA, sobre o arranque do ensino 2014-2015 nos estabelecimentos católicos, o padre Querubim Silva lamenta a falta de aposta no setor por parte do Governo.
“Os últimos dados dizem que Portugal foi daqueles que mais desinvestiu na Educação nos últimos anos, nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico”, frisa o sacerdote.
De acordo com aquele responsável, esta situação tem tido consequências no trabalho das escolas católicas que têm contrato de associação com o Estado, obrigadas a fazer mais com “menos”.
O presidente da APEC dá como exemplo o Colégio de Nossa Senhora da Apresentação, em Calvão, na região de Aveiro, de que é diretor.
“Cada aluno na escola estatal custa praticamente o dobro daquilo que vou receber para cada um dos alunos que vou ter”, aponta.
No entanto, apesar destes “constrangimentos”, o padre Querubim Silva acredita que será possível “alcançar qualidade na educação”.
“O trabalho não mata ninguém, somos menos recursos humanos para fazer o mesmo ou mais, mas desde que se queira é possível alcançar qualidade na educação, que é aquilo que estamos a precisar”, complementa.
LFS/JCP