Santarém: Museu diocesano e catedral revelam «leitura grandiosa da pessoa e da vida»

D. Manuel Pelino fala num «Credo em imagens»

Santarém, 13 set 2014 (Ecclesia) – O bispo de Santarém, D. Manuel Pelino, na abertura solene do Museu Diocesano de Santarém, esta sexta-feira, destacou que esta obra com a renovada Catedral são uma “leitura grandiosa da pessoa e da vida”.

“O Museu diocesano não apresenta apenas a recolha da memória do passado, embora este aspeto seja importante para fortalecer a nossa identidade. Mostra, sobretudo, a representação em linguagem artística, marcada pela beleza, do coração da fé cristã”, assinalou o prelado de Santarém.

Para D. Manuel Pelino, numa palavra, a obra inaugurada esta sexta-feira revela o “Credo em imagens, um credo vivo que fala ao afeto e toca o coração”.

No discurso enviado à Agência ECCLESIA, o bispo diocesano explicou que “toda a obra de arte sacra é uma leitura do mistério do homem, da vida e do mundo”: “As que estão expostas no Museu (Diocesano de Santarém) são verdadeiramente um convite à contemplação e à transcendência”.

Na Catedral da diocese, D. Manuel Pelino destacou que esta “é ícone e instrumento da comunhão eclesial dos crentes e das paróquias”.

Em Santarém, o templo católico é do período da Contra Reforma, com estilo barroco, e “manifesta uma visão positiva da pessoa humana, caracterizada pela alegria da vida, pelo encanto do mundo à luz da fé, pela dimensão comunitária do cristianismo”, explicou o bispo.

Segundo D. Manuel Pelino, a participação orgânica funcionou também no interior da diocese uma vez que o Museu é organizado com a “participação voluntária e interessada das paróquias, comunidades e respetivos pastores e colaboradores”.

Para a realização desta museu e recuperação de vários obras de arte expostas, teve de ser ultrapassado o “receio e desconfiança das paróquias face à diocese de perder a propriedade dos bens culturais”, observou o bispo.

“A missão da diocese, como comunidade mãe, é dar a conhecer a riqueza das suas células, salvaguardar, valorizar, colocar a arte sacra à fruição de todos”, desenvolveu.

Muitas das obras expostas estavam fechadas e esquecidas nas paróquias, “algumas mesmo em ruinas” e o bispo de Santarém espera que agora haja “um incentivo para cada comunidade cuidar do seu património”, com um “futuro mais atento ao património artístico”.

D. Manuel Pelino assinalou ainda a colaboração entre o Estado e a Conferência Episcopal Portuguesa com a implementação do projeto Rota das Catedrais que “constitui um exemplo de, como unidos para servir o mesmo povo” podem fazer muito.

“Esta obra foi possível com a ação empenhada e concertada de muitas entidades civis, culturais, políticas e eclesiais, tem a preocupação do bem comum e a marca da cooperação”, acrescentou.

A inauguração do Museu Diocesano de Santarém foi assinalada com a estreia da Cantata Mundi ‘Todos somos terra e céu, todos somos mundo’, com música de Rodrigo Leão.

CB

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