A agência do Vaticano para o mundo missionário, acaba de publicar um dossiê sobre o drama da tuberculose no mundo, afirmando que esta doença “continua a ser ainda um flagelo nos países em desenvolvimento, onde os atingidos chegam a três quartos dos doentes de tuberculose de todo o mundo”. “A tuberculose representa uma emergência da saúde em nível mundial”, afirma a Fides. Os dados da OMS mostram que todos os anos são registados no mundo quase nove milhões de novos casos de tuberculose, quatro milhões dos quais são infecciosos e cerca de dois milhões os mortos, não obstante os tratamentos que se mostram eficazes em 95% dos casos. Espera-se que até 2005 sejam detectados 70% de todas as infecções e curados 85% dos pacientes. Nos anos de 1990-2000 chegou-se aos 90 milhões de pessoas infectadas e cerca de 1/3 delas (30 milhões) morreram. A distribuição dos casos de tuberculose difere, mesmo numa única região, de acordo com as condições sócio-económicas de cada país, dos diversos programas de controlo e do impacto da Sida. 80% dos tuberculosos no mundo estão em 22 países, 15 dos quais declarados como os mais pobres do mundo, ao passo que os 7 restantes pertencem na faixa dos países de rendimento médio (Indonésia, África do Sul, Rússia, Brasil, Birmânia e Peru). O Ir. Fiorenzo Priulim, religioso dos Irmãos de S. João de Deus e médico cirurgião do Hospital Saint Jean de Dieu de Tanguiéta (Benin), revela que o aumento dos números da doença em África está relacionada com a pandemia da Sida. “O número e a gravidade dos pacientes de Tuberculose aumentou de maneira consistente e agravou de maneira pesada a infecção da HIV”, revela.