Os líderes religiosos que participaram no XV Congresso Internacional sobre a Sida, em Banguecoque, publicaram uma “declaração de compromisso” na qual afirmam que a resposta que se se tem dado à pandemia ainda é inadequada. No documento, os líderes de quatro religiões do mundo – Budismo, Cristianismo, Islamismo e Judaísmo – declaram que não ficarão tranquilos “enquanto não virem cumprida a promessa de que todos tenham acesso ao tratamento e medicamentos. A meta assumida pelas Nações Unidas de fazer chegar medicamentos a três milhões de pessoas até 2005 tem conhecido diversos obstáculos, sobretudo no que diz respeito à produção ou distribuição de genéricos. É bloqueada por diversas limitações de ordem burocrática. Durante os trabalhos, o coordenador da Rede Jesuíta na África para a luta contra a Sida disse que esta “é a maior ameaça para o continente africano «esde o tempo da escravatura”. Segundo o Jesuíta Michael Czerny, “a pobreza é uma causa e uma consequência da Sida”. “A pobreza reduz a escolha e as capacidades das pessoas e é, obviamente, um enorme obstáculo, talvez o principal, ao acesso de cuidados e tratamentos”, disse.