Brasília, 01 set 2014 (Ecclesia) – A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) publicou uma mensagem onde manifesta apoio à Projeto de Lei de Iniciativa Popular pela Reforma Política Democrática e recorda que as “várias tentativas” do Congresso Nacional “foram todas infrutíferas”.
“Uma verdadeira reforma política melhorará a realidade política e possibilitará a realização de várias outras reformas necessárias ao Brasil, por exemplo a reforma tributária”, explica a CNBB que atenta à sua missão evangelizadora e à realidade do Brasil “reafirma sua convicção que urge uma séria e profunda reforma política”.
Segundo os responsáveis católicos brasileiros o projeto de lei pela Reforma Política Democrática número 6316 de 2013 resume-se em quatro pontos: O financiamento de candidatos; A eleição em duas voltas, uma para votar num programa e outra para votar numa pessoa; O aumento de candidatura de mulheres aos cargos eletivos e a regulamentação do Artigo 14 da Constituição.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil esclarece que o Projeto de Lei de Iniciativa Popular pela Reforma Política “não está vinculado a nenhum partido político” ou a algum candidato a cargos políticos, “embora não haja restrição do apoio de bons políticos do Brasil”.
Na mensagem divulgada no seu sítio na internet, a CNBB observa que no Congresso Nacional “foram feitas várias tentativas de reforma política e todas infrutíferas”.
Com este manifesto, a CNBB associa-se a uma iniciativa promovida por “uma centena de entidades da sociedade civil”, como a Ordem dos Advogados do Brasil, o Movimento contra a Corrupção Eleitoral (MCCE) e a Plataforma dos Movimentos Sociais.
Os bispos brasileiros informam que vão trabalhar até conseguir “ao menos 1,5 milhões de assinaturas a favor do Projeto de Lei de Iniciativa Popular pela Reforma Política Democrática número 6316 de 2013”.
“Durante Semana da Pátria”, a CNBB convida a população a refletir sobre “a responsabilidade cidadã” de cada um e vai convidar todos a assinarem o Projeto de Lei que, “indubitavelmente, mudará e qualificará a política” do Brasil.
Na mensagem, os bispos recordam o número 241 da exortação apostólica ‘Evangelii Gaudium’ (A alegria do Evangelho), do Papa Francisco: “No diálogo com o Estado e com a sociedade, a Igreja não tem soluções para todas as questões específicas. Mas, juntamente com as várias forças sociais, acompanha as propostas que melhor correspondam à dignidade da pessoa humana e ao bem comum.”
CB/OC