Escuteiros: Uma proposta de educação com liberdade e responsabilidade

Ferreira do Zêzere, Santarém, 01 set 2014 (Ecclesia) – O Corpo Nacional de Escutas realiza de quatro em quatro anos acampamentos regionais, como o ACAREG de Lisboa, que fazem parte da sua “proposta educativa não formal”, como explica o chefe Paulo Doutor.

“O escutismo é uma proposta educativa tal como a escola, que todos frequentamos é uma proposta obrigatória formal com conteúdos muito específicos, muito bem pensados, o escutismo é uma proposta educativa com conteúdos muito bem pensados mas não formal”, desenvolve Paulo Doutor, chefe do departamento da II secção da região de Lisboa.

O responsável destaca que os escuteiros, dos 6 aos 23 anos, “têm” de alguma forma “a possibilidade de decidir e orientar os projetos que querem desenvolver” e constroem “a sua personalidade, aprendem novas técnicas e percebem qual o seu lugar na sociedade”.

No XXIV Acampamento Regional de Lisboa, no Centro de Atividade de Escuteiros, em Ferreira do Zêzere, Santarém, estavam 104 agrupamentos e ao todo 4057 elementos, entre crianças, adolescentes, jovens e adultos.

Este encontro de verão, que realiza-se de quatro em quatro anos, teve como lema a frase “Não tenhas medo” do Papa São João Paulo II.

“Pegamos no tema justamente para dizer ao jovem, à criança, ao adolescente que se desenvolva, que seja feliz, que assuma o seu papel na sociedade, que enfrente os obstáculos com coragem, seriedade e delicadeza consoante o papel que depois tiver”, explicou Paulo Doutor.

O patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, destaca a “grande escola de participação” e “corresponsabilidade” que é o movimento escutista porque “é quase natural”.

“A grande descoberta do fundador do escutismo Baden-Powell, com o que chamou de sistema de patrulhas, é que se o adolescente, e depois por extensão jovem e por antecipação a criança, for integrado num pequeno grupo em que tudo tenha de ser partilhado por todos, em que os objetivos tenham que ser atingidos com a responsabilidade de cada um, forma-os para uma vida também de participação, de atividade, de criatividade”, acrescentou o prelado que pertence ao Corpo Nacional de Escutas há mais de 50 anos.

D. Manuel Clemente destaca que num campo, como o de Ferreira do Zêzere, onde “não está tudo preparado” e têm de ser os escuteiros “ao sol, à chuva” adaptado às condições, “proporciona um ambiente de partilha que é muitíssimo educativo”.

“Isto vale mais do que não sei quantas palestras e é isso que o escutismo, mais de 100 anos depois da sua criação, continua a dar”, acrescentou o patriarca de Lisboa que visitou o ACAREG de Lisboa por duas vezes, onde conversou, conviveu e rezou com os escuteiros.

Esta semana, o programa de rádio ECCLESIA, na Antena 1 da rádio pública, todos os dias às 22h45m, apresenta acampamentos regionais de escuteiros que realizaram-se de norte a sul de Portugal.

SN/CB/OC

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