Rimini, Itália, 26 ago 2014 (Ecclesia) – D. Silvano Tomasi, observador permanente da Santa Sé na ONU em Genebra, Suíça, destacou a importância do testemunho e dos apelos do Papa Francisco para a paz em locais como no Iraque onde as minorias religiosas são perseguidas.
“[O Papa Francisco] Continua a fazer apelos à comunidade internacional e aos fiéis pede orações para que se encontre o caminho da paz, convidando à negociação e exorta aos países que têm capacidade que detenham o agressor, através da Organização das Nações Unidas”, comentou D. Silvano Tomasi.
O prelado, que participou esta segunda-feira no 35.° Encontro pela Amizade entre os Povos, na localidade de Rimini, na Itália, destacou que no atual contexto de “violência e tragédia a tarefa da Igreja é difícil mas contínua”.
À Rádio Vaticano, D. Silvano Tomasi relembrou também os recentes apelos dos patriarcas dos ritos católicos – sírio, caldeu e melequita – e ortodoxos, à comunidade internacional que os ajudem a “deter a violência e o assassinato de cristãos” mas também “dos yazidis e outros grupos”.
Para o observador permanente da Santa Sé na Organização das Nações Unidas “não é justo que parte da comunidade internacional aceite automaticamente que os cristãos sejam condenados ao exílio”: “Têm o direito de viver em suas casas, onde estão há 1700 anos, antes da chegada do Islão”.
Nesse sentido, recorda outro apelo dos líderes religiosos locais para que a comunidade internacional ajude os cristãs perseguidos e expulsos a regressar a casa.
“São uma presença que beneficia a comunidade islâmica ajudando a diversificar o contexto social que lentamente pode favorecer uma democracia que respeite a identidade de toda pessoa e de todo grupo”, acrescentou D. Silvano Maria Tomasi.
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