Cardeal Fernando Filoni diz que Francisco falou em nome dos indefesos quando apelou à intervenção da comunidade internacional
Cidade do Vaticano, 19 ago 2014 (Ecclesia) – O cardeal Fernando Filoni, enviado especial de Francisco ao Iraque, entregou hoje uma carta do Papa ao presidente deste país, Fuad Masum, um dia antes de regressar a Roma.
“Entreguei a carta, à qual o presidente depois responderá, e contei um pouco da experiência destes dias, sublinhando que a minha visita não era política, mas humanitária, por iniciativa do Santo Padre”, disse o prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos (Santa Sé) à Rádio Vaticano, desde Bagdade.
O cardeal italiano esteve em primeiro lugar na capital do Curdistão iraquiano, Erbil, onde encontrou uma “situação muito grave e séria”.
O Papa Francisco admitiu esta segunda-feira uma intervenção internacional para travar a crise no Iraque, soba égide da ONU, e mostrou-se pronto para ir ao país, se isso for necessário para proteger as populações perseguidas pelos jihadistas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIS).
“Penso que o Santo Padre mais não fez do que manifestar o que foi o pedido de todos os cristãos, de todos os yazidis, dos refugiados que têm o desejo de retomas a sua vida, a sua dignidade”, declarou o cardeal Filoni.
O responsável da Cúria Romana que a questão no Iraque “não é só uma tragédia para o povo iraquiano, para os cristãos ou os yazidis, mas é também algo que diz respeito a todos os homens que têm a humanidade no coração”.
O enviado especial do Papa ao Iraque e o patriarca caldeu católico divulgaram um comunicado com três pontos onde pedem uma “intervenção urgente” da comunidade internacional com ajuda humanitária e que garanta “a proteção das populações locais”.
“Intervenha imediatamente providenciando ajudas de primeira necessidade: água, alimentos, remédios, serviços médicos”, pedem o cardeal Fernando Filoni e D. Louis Sako.
CB/OC