Iraque: Fundação pontifícia lança apelo à comunidade internacional para agir em favor dos cristãos

Responsáveis da Ajuda à Igreja que Sofre estiveram em Erbil

Lisboa, 19 ago 2014 (Ecclesia) – A fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) lançou hoje um novo apelo à comunidade internacional para agir em favor dos cristãos perseguidos pelos jihadistas no Iraque.

“Ainda há esperança para os cristãos no Iraque, mas apenas se agirmos imediatamente”, refere Johannes Heereman, presidente da estrutura internacional da Fundação AIS, em comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, após uma viagem a Erbil, capital do Curdistão iraquiano, 80 quilómetros a leste de Mossul.

“Se não quisermos ser testemunhas silenciosas dos últimos capítulos da história do cristianismo no Iraque, a comunidade internacional deve reagir de forma decisiva agora”, acrescentou Heereman que viajou até ao Iraque a convite do patriarca caldeu D. Louis Sako.

A viagem teve como objetivo de tomar conhecimento sobre a situação concreta e as necessidades por que passam mais de 100 mil cristãos expulsos das suas casas e que encontraram refúgio em Ankawa, o bairro cristão de Erbil, bem como em aldeias ao norte de Duhok e Zakho.

“A situação é dramática. Estivemos com bispos, padres, freiras e voluntários que trabalham 24 horas por dia para darem uma ajuda fundamental a estas populações”, explica o presidente da Fundação AIS, recordando que, no Iraque, na região de Erbil, “as temperaturas rondam os 44 graus” e “as pessoas precisam de abrigos e de cuidados médicos, pelo que ainda há muito a fazer”.

Para a Fundação AIS, além da ajuda humanitária de emergência que tem de ser oferecida às comunidades cristãs, é preciso trabalhar para que este drama não se venha a repetir com os cristãos ou com membros de outras minorias religiosas.

“Querem regressar a suas casas pois tiveram de abandonar tudo quando fugiram. Mesmo assim, ainda querem voltar”, afirma Heereman.

A Fundação AIS lança um apelo “ao mundo ocidental” para assumir a sua “responsabilidade moral” na ajuda que tem de ser dada aos cristãos e aos membros de outras minorias religiosas que desejam permanecer no Iraque, providenciando-lhes “proteção e segurança”.

AIS/OC

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Agência ECCLESIA

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