É evidente a preocupação destes agentes educativos Os directores e responsáveis de várias escolas católicas tiveram, de 12 a 16 de Julho, em Fátima, uma acção de formação promovida pela Universidade Católica Portuguesa (UCP) e pela Associação Portuguesa de Escolas Católicas (APEC). Uma “reciclagem muito importante” para ajudar estes responsáveis em várias áreas: “Instrumentos para a melhoria gradual da Escola”; “Como fazer uma avaliação bem feita” e “Gestão ética da escola” – disse à Agência ECCLESIA Teresa Gonçalves, do Colégio do Calvão. Com cerca de quatro dezenas de participantes, este curso intensivo teve o seu início em Janeiro. Reuniram-se durante seis fins de semana desde o primeiro mês até Julho. A história do ensino católico no contexto da história da educação foi um dos módulos apresentados nesta acção que teve como formador Jorge Cotovio. A “Igreja Católica teve uma papel preponderante na educação nestes nove séculos de nacionalidade” – disse à Agência ECCLESIA Jorge Cotovio. Ao analisar os momentos actuais, o formador referiu que a “escola católica está em perigo”. Aquela que “é verdadeiramente católica” porque esta deve “ser aberta a todos”. Como, ao nível de financiamento, “estamos a assistir a cortes drásticos” e nalguns casos a “cortes radicais”, Jorge Cotovio afirma o “perigo é iminente”. No módulo administrado, o formador verificou, nos formandos, “algum descontentamento” e teve de “travar muitas vezes a ânsia de se debater esta questão”. E acentua: “todos sentem esta ameaça e injustiça”. Algumas escolas terão “de fazer despedimentos”. Com a remodelação governamental, Jorge Cotovio salienta que, nos últimos anos, “temos apanhado muitas desilusões” que “não nos queremos iludir muito”. Apesar do panorama sombrio – frisa – “não deixamos de ter esperança”. E finaliza: “pior do que está dificilmente ficará”.
