Igreja/Diálogo: Santa Sé convida muçulmanos a esforço conjunto pela paz

Mensagem pelo fim do Ramadão recorda vítimas da pobreza e da guerra

Cidade do Vaticano, 18 jul 2014 (Ecclesia) – O Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso (Santa Sé) enviou hoje uma mensagem aos muçulmanos de todo o mundo, pelo fim do mês do Ramadão, apelando a um compromisso comum pela paz e os pobres.

“Inspirados pelos nossos valores comuns e fortalecidos pelos sentimentos de fraternidade genuína, somos chamados a trabalhar juntos pela justiça, a paz e o respeito pelos direitos e dignidade de cada pessoa”, refere o texto, assinado pelo presidente do referido conselho pontifício, cardeal Jean-Louis Tauran.

“Sentimo-nos responsáveis de forma particular pelos que estão em maior necessidade: os pobres, os doentes, os órfãos, imigrantes, vítimas de tráfico humano e os que sofrem com qualquer forma de dependência”, acrescenta o documento divulgado pela sala de imprensa da Santa Sé.

O Ramadão, um mês sagrado para os muçulmanos, começou a 27 de junho.

A mensagem da Santa Sé tem como título ‘Rumo a uma autêntica fraternidade entre cristãos e muçulmanos’, propondo a construção de “pontes de paz e de reconciliação” especialmente nos países em que os crentes das duas religiões “sofrem o horror da guerra”.

Na mensagem, o cardeal Tauran saúda todos quantos vão participar na festa do ‘Id al-Fitr’, depois de um mês dedicado “ao jejum, à oração e à ajuda aos pobres”.

O texto de 2013 para esta ocasião tinha sido assinado pessoalmente pelo Papa Francisco, poucos meses depois da sua eleição.

“Cristãos e muçulmanos são irmãos e irmãs numa única família humana, criada pelo Deus Uno”, refere o presidente do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso, que evoca ainda São João Paulo II e o seu empenho neste sentido.

O documento fala em desafios do mundo contemporâneo que exigem “solidariedade”, como as ameaças ao meio ambiente, a crise económico ou os altos números do desemprego, em particular entre os jovens.

“Oremos para que a reconciliação, a justiça, a paz e o desenvolvimento continuem a estar entre as nossas prioridades, para o bem-estar e o bem de toda a família humana”, pede o cardeal francês.

OC

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