Viana: Diocese assinala data de falecimento do Beato Bartolomeu dos Mártires

Exposição e concerto evocam bispo do século XVI

Viana do Castelo, 16 jul 2014 (Ecclesia) – A Diocese de Viana do Castelo inaugura hoje, data de falecimento do Beato Bartolomeu dos Mártires, uma exposição dedicada ao bispo do século XVI, nos claustros do Convento de São Domingos.

A mostra, aberta ao público a partir das 17h00, intitula-se ‘Vida, Obra e Relíquias do Beato Bartolomeu dos Mártires’, seguindo-se às 21h30 um concerto pelo Vianavocale, que interpretará o 'Requiem' (OP48) de Gabriel Fauré.

Em declarações à Agência ECCLESIA, o padre Vasco Gonçalves, pároco de Nossa Senhora de Monserrate, onde se situa o convento de São Domingos, assume que a iniciativa quer ajudar a "promover a devoção" ao beato, uma "figura extraordinária da Igreja portuguesa".

Em relação à exposição, o sacerdote fala em "objetos poderosos", como a cruz que Frei Bartolomeu deixava em cada uma das paróquias da Arquidiocese de Braga, que visitou pessoalmente numa altura em que esta englobava ainda territórios de Viana ou Bragança, por exemplo.

D. Anacleto Oliveiro, bispo de Viana do Castelo, refere por sua vez que o beato tem muito a ensinar à "sociedade civil, sobretudo com a sua preocupação visceral pelos mais desprotegidos, os mais pobres".

A exposição vai estar em destaque no programa ECCLESIA (RTP2), hoje, a partir das 17h35

O Município e a Diocese de Viana do Castelo comemoram o 500.º Aniversário do nascimento do Beato Bartolomeu dos Mártires até 18 julho 2015, de forma a dar a conhecer o seu legado e promover a causa da canonização.

Frei Bartolomeu nasceu em Lisboa, em 1514, na freguesia de Nossa Senhora dos Mártires, e entrou na Ordem Dominicana em 1528; foi professor nos Conventos de S. Domingos de Benfica, Batalha e Évora, prior do Convento de Benfica e arcebispo de Braga (1559-1582).

Encontra-se sepultado em Viana do Castelo, no Convento de São Domingos, que ele próprio mandou construir e onde se recolheu até à sua morte em 16 de julho de 1590.

Os bispos portugueses publicaram em maio uma nota dedicada ao beato que teve uma contribuição “decisiva” na última sessão do Concílio de Trento (1561-1563), para reformas na Igreja, incluindo a “obrigação dos pastores permanecerem próximos dos fiéis” e a “criação de seminários, como obrigatórios para a formação humana e espiritual, teológica e pastoral dos sacerdotes”.

“Há pessoas que, pelos princípios e valores que pautaram as suas vidas, são permanentes modelos de referência de todos os tempos. O Beato Bartolomeu, tendo vivido em tempos de uma enorme crise epocal, dentro e fora da Igreja, pode e deve ser visto como testemunha para acreditarmos que a evangelização e as reformas na Igreja não só são necessárias como possíveis”, refere o documento da Conferência Episcopal Portuguesa.

LS/OC

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