Santo Tirso, Porto, 11 jul 2014 (Ecclesia) – D. António Francisco dos Santos destacou hoje a importância dos batizados serem mensageiros das bem-aventuras e, na festa da Solenidade de São Bento, a ação dos beneditinos numa Europa em mudança, no Mosteiro de Singeverga, em Santo Tirso.
O bispo do Porto relembrou a pergunta de admissão que São Bento fazia a quem pedia para entrar no mosteiro – Verdadeiramente procuras Deus? (Regra 58.7) – e considerou que o “êxito” da Regra de São Bento deve-se à sua forma “criativa de harmonizar o ideal anacoreta da ascese, solidão e oração, expressão da procura apaixonada de Deus”.
Uma regra que delineou “uma nova cultura europeia inspirada” através de mosteiros que foram locais de “irradiação cultural”: “integrando os valores do humanismo pagão numa nova
síntese cristã, e simultaneamente escolas de artes e ofícios”, desenvolve D. António Francisco do Santos.
“A Igreja precisa de celebrar S. Bento e o Mundo precisa de o conhecer”, disse aos monges beneditinos de Singeverga, em Santo Tirso.
Na homília enviada à Agência Ecclesia, D. António Francisco dos Santos assinalou que “a alegria a que Deus chama não deixa que o medo e a angústia sejam nossos companheiros de viagem”.
“Aqueles que a vida feriu e aqueles a quem as privações e provações fragilizam têm de encontrar em cada um de nós e nas nossas comunidades um testemunho, um rosto e um coração deste amor terno de Deus que consola, anima e fortalece na esperança e na alegria”, sustentou o bispo diocesano.
“Este Evangelho [da festa de São Bento] desperta em todos nós batizados a consciência de que somos destinatários mas sobretudo protagonistas e mensageiros das bem-aventuranças”, acrescentou.
Segundo o bispo do Porto, hoje as bem-aventuranças também estão ao alcance de todos, através do exemplo dos discípulos que as ouviram e foram anunciar “a alegria, a beleza, o fascínio e a verdade”.
Para D. António Francisco dos Santos, o Evangelho de hoje “desperta” em todos os batizados a “consciência” que não são só destinatários mas “sobretudo protagonistas e mensageiros das bem-aventuranças”.
“Cristo oferece também aos seus discípulos regras de comportamento e paradigmas de vida”, destacou no mosteiro beneditino.
O prelado revelou ainda que, antes da ordenação episcopal, fez o seu retiro no Mosteiro de Singeverga, um local onde regressou hoje com “renovada alegria confiando à oração” e reforçou o seu “desejo e o dever de servir com diligência e fidelidade a Diocese do Porto”.
CB/JCP