Lisboa, 10 jul 2014 (Ecclesia) – A Comunidade Vida e Paz (CVP) acaba de lançar uma ferramenta online que permite angariar fundos para necessidades apresentadas na sua página na internet, possibilitando o acompanhamento dos donativos.
Henrique Joaquim, presidente da instituição do Patriarcado de Lisboa, explica que “a ideia” de receber donativos pela internet “tem um sentido mais subjetivo ou simbólico e um sentido prático” porque permite acompanhar a evolução dos donativos e dos projetos.
“A ideia basicamente é simples, aproveitar as plataformas digitais, a internet. A pessoa pode consultar através do nosso site o projeto que quer apoiar, escolher a parcela que consegue partilhar e estimulamos aqui as pequenas ajudas que se transformam em grandes ajudas”, disse à Agência ECCLESIA.
Henrique Joaquim revelou que esta ideia tem um sentido mais subjetivo/simbólico e um sentido prático que “trata-se de utilizar as novas tecnologias”, onde a CVP diz qual é o projeto, qual é a necessidade monetária e “as pessoas podem escolher com quanto querem ou quanto podem partilhar”.
“O sentido simbólico no fundo é também recriar ou reforçar, porque algumas pessoas já o têm, o sentido da partilha e às vezes as pessoas estão limitadas por algum recurso ou por alguns meios que não têm para entrar em contacto connosco”, acrescenta.
Esta forma de contribuição, que começou há cerca de um mês e tem recebido um “feedback bastante positivo”, permite que os projetos da Comunidade Vida e Paz sejam “mais transparentes, mais próximos” e “estreitar uma relação entre quem dá e quem recebe” porque quem contribui escolhe o projeto.
“Respeitamos a opção de liberdade das pessoas que às vezes identificam-se mais com um certo tipo de projeto”, acrescenta.
Neste momento, o site a Comunidade Vida e Paz tem quatro projetos que estão a funcionar “um bocadinho como experiência”: “A conversa já chegou à cozinha – Aquisição de eletrodomésticos para a cozinha do apartamento de reinserção de Leiria”; “Corpo são, mente sã – Aquisição de bicicletas para o ginásio”; “Pintar é como respirar – material de pintura para residente do Centro da Tomada” e “Não dê o peixe, ensine a pescar – Ferramentas para as oficinas do Centro da Tomada”.
Henrique Joaquim explica que no projeto “Não dê o peixe, ensine a pescar” precisam de material para as oficinas onde “as pessoas fazem todo o processo de capacitação para uma carpintaria” ou seja, são ferramentas “muito práticas” para pessoas que para além de uma “terapia ocupacional aprendem e adquirem outro tipo de competências que podem ser úteis no futuro”.
O presidente da Comunidade Vida e Paz explica também o projeto “Pintar é como respirar”, com um orçamento de 265€, que “é muito, muito interessante” e destina-se ao tratamento de uma pessoa em específico que é pintor onde pretendem “ir ao encontro das capacidades e dos talentos das pessoas”: “Uma lógica muito importante que é ir ao encontro das capacidades e dos talentos das pessoas, não nos centrarmos apenas na limitação, na doença, e no futuro vir a fazer uma exposição com as obras de arte dele”.
“São coisas muito concretas”, destaca o responsável que explica que quem consulta o site tem acesso ao “orçamento, o valor que vão dando também” e “há uma barra” que mostra a evolução desses contributos.
CB/OC