Igreja/Cultura: CineVITA II pretende promover reflexão sobre valores atuais

Arquidiocese de Braga promove cinema à sexta-feira e música aos sábados

Braga, 04 jul 2014 (Ecclesia) – O CineVITA II, segundo ciclo de cinema de verão, pretende refletir sobre as “visões generativas do humano” do Auditório Vita, em Braga, com quatro filmes que vão ser exibidos todas as sextas-feiras de julho, a partir das 21h30.

“Que visões transmitir às novas gerações; que herança pais e filhos indivíduo e comunidade são chamados a com dividir; em tempo de uma certa ausência de paternidade e confusão dos papéis educativos como falar de modo novo da relação entre gerações; o que temos para transmitir aos outros; que aliança estabelecer entre as fontes de geração de vida humana, religiosa, social e cultural ou ainda na pergunta incisiva de um reconhecimento psicanalista, que coisa resta do pai”, são algumas das questões na origem do CINEVITAII, explica o padre Marc Monteiro.

Em entrevista à Agência ECCLESIA, o diretor do Auditório Vita, frisa que em todos os filmes vão “falar” sobre a responsabilidade na educação “quer dos pais, quer da comunidade, quer da própria família”.

O ciclo de cinema de verão começa hoje com o filme “Bestas do Sul Selvagem”, de Benh Zeitlin, que retrata a educação “um pouco diferente do normal” de uma menina aos cuidados do pai depois da morte da mãe, às 21h30 numa capela em remodelação que também pretende promover a reflexão, ao lado do Auditório Vita.

“Aproveitamos o facto de termos esse espaço que se quer transformar para podermos fazer o ciclo de cinema com um cenário em construção para demonstramos que a educação e esses valores da família, os que reclamam mais alto, também têm de ser construídos e não podemos deixá-los para trás”, revelou o padre Marc Monteiro.

O filme “Amor”, de Michael Haneke, vai ser transmitido no dia 11 de julho e apresenta o final da vida de “uma idosa que perde algumas capacidades e põe-se em causa a questão da eutanásia e a questão da vida”, conta o responsável.

Na sexta-feira, dia 18 de julho, exibem a “Noiva Prometida”, de Rama Burshtein, um filme sobre uma família judaica e a história de “uma mulher prometida a um homem” e que depois “tem de casar com o cunhado”: Um filme sobre “a questão da família e da tradição que às vezes também nos leva a ter algumas atitudes não menos próprias”, adianta o sacerdote.

O filme que encerra CineVITA II, a 25 de julho, é “E Agora, Onde Vamos?”, de Nadine Labak, que espelha a relação entre cristãos e muçulmanos “e como um conjunto de mulheres tenta conciliar a paz”.

Em todas as sessões vai haver “sempre” uma pequena introdução no início e abertura ao diálogo no fim, para isso a organização conta com pessoas “um pouco especialistas no cinema” e a colaboração do padre João Paulo, “um sacerdote da diocese (Braga) a estudar em Roma que irá refletir sobre estas questões”, informou o padre Marc Monteiro.

Esta iniciativa de conjugar cinema e religião numa reflexão atual permite perceber que pode-se debater “valores humanos, cristão e universais através de uma linguagem diferente que é o cinema: “Temos que aliar todas as artes para podermos refletir estes valores que tocam muito a vida do cristão e a vida de cada um”, conclui o diretor do Auditório Vita.

O Auditório a partir de sábado, e até 26 de julho, também promove um ciclo de música antiga, o 5.º ciclo anual de concertos intitulado “Música no Claustro V”, a partir do claustro interior do edifício do Seminário Menor, situado na R. de S. Domingos.

CB

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Agência ECCLESIA

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