Monumentos e edifícios de várias cidades vão ser iluminados em azul para evocar 50 milhões de pessoas
Lisboa, 20 jun 2014 (Ecclesia) – O Santuário de Cristo-Rei, em Almada (Diocese de Setúbal), vai associar-se hoje às celebrações do Dia Mundial do Refugiado, em que vários monumentos e edifícios ganham uma iluminação especial em azul, cor do Alto Comissariado das Nações Unidas.
“Trata-se de uma iniciativa que acontece em várias cidades do mundo e tem como objetivo lembrar a força e a coragem dos refugiados, numa altura em que as deslocações forçadas atingem níveis alarmantes”, refere o Conselho Português para os Refugiados (CPR), em comunicado enviado à Agência ECCLESIA.
O programa das celebrações promovidas pelo CPR inclui uma conferência sobre os desafios e as oportunidades da empregabilidade dos refugiados, no auditório da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
À noite, o Centro de Acolhimento para Refugiados da Bobadela acolhe o Sarau Cultural com momentos de Teatro e de música, a partir das 21h00.
Segundo o CPR, as pessoas refugiadas no exterior e deslocadas internamente nos seus países, devido a perseguições e a situações de guerra ou conflitos, são hoje mais de 50 milhões.
O Papa lembrou esta quarta-feira no Vaticano todos os refugiados do mundo que hoje vivem fora da “própria terra para fugir dos conflitos e das perseguições”.
“Milhões de famílias refugiadas de muitos países e de todas as fés vivem na sua história dramas e feridas que dificilmente poderão ser curados. Façamo-nos seus vizinhos, partilhando os seus medos e a sua incerteza com o futuro, aliviando concretamente os seus sofrimentos”, apelou, no final da audiência pública semanal.
Francisco mostrou-se preocupado com “o número” de “irmãos refugiados” que “está a crescer”, lembrando que “nestes últimos dias, outros milhares de pessoas foram forçadas a deixar as suas casas para se salvar”.
Durante a audiência, o Papa Francisco recordou também “as pessoas e as instituições que trabalham com generosidade para assegurar aos refugiados acolhimento e dignidade, dando-lhes motivos de esperança”.
“Pensemos que Jesus foi um refugiado, que teve de fugir para salvar a sua vida, com São José e Nossa Senhora, teve de ir para o Egito, ele foi um refugiado”, salientou.
JCP/OC