Autarquia homenageia D. Eurico Dias Nogueira como «homem de coragem»
Braga, 20 mai 2014 (Ecclesia) – A Câmara de Braga decretou hoje o cumprimento de dois dias de luto municipal pelo falecimento de D. Eurico Dias Nogueira, arcebispo emérito, que morreu esta segunda-feira aos 91 anos.
Ricardo Rio, presidente da autarquia, comunica a decisão numa mensagem de condolências em que homenageia um “homem de coragem, ampliador de causas e de especial sensibilidade social e disponibilidade para o próximo”.
“Foi com grande consternação que o Executivo Municipal tomou conhecimento da triste notícia do falecimento de D. Eurico Dias Nogueira”, revela o documento, enviado à Agência ECCLESIA.
O presidente do município diz que o falecido arcebispo foi “um dos mais importantes obreiros da Igreja Católica” em Braga, no país e no mundo.
“No contacto com D. Eurico Dias Nogueira, ao longo de vários anos, ficou bem presente na memória de todos a sua coragem e a determinação pessoal”, acrescenta Ricardo Rio, que endereça “profundo pesar e sinceras condolências” à Arquidiocese de Braga e à família enlutada.
O funeral do falecido arcebispo vai realizar-se esta quarta-feira, às 15h30, na Sé de Braga.
D. Eurico Dias Nogueira nasceu a 6 de março de 1923 em Dornelas do Zêzere, Concelho de Pampilhosa da Serra e Diocese de Coimbra.
Frequentou o Seminário de Coimbra de 1934 a 1944, ano em que se tornou prefeito e professor no Seminário da Figueira da Foz.
Foi ordenado padre a 22 de dezembro de 1945 e no final do mesmo mês passou a frequentar o Colégio Pontifício Português, em Roma.
Em 1948 reiniciou a atividade docente e pastoral em Coimbra e dez anos depois tornou-se membro do Cabido da Sé.
A 10 de julho de 1964 o Papa Paulo VI nomeou-o bispo de Vila Cabral, atual Lichinga, em Moçambique, e a partir de setembro participou na terceira sessão do Concílio Vaticano II, assembleia que decorreu de 1962 a 1965.
Recebeu a ordenação episcopal no dia 6 de dezembro de 1964 e em 1972 foi transferido para Sá da Bandeira, hoje Lubango, em Angola.
Pediu a resignação da diocese angolana, aceite por Paulo VI a 3 de fevereiro de 1977, e a 5 de novembro do mesmo ano o Papa nomeou-o arcebispo de Braga, missão que manteria durante mais de duas décadas.
OC