Edifícios do início da nacionalidade situam-se no Distrito do Porto
Lisboa, 14 mai 2014 (Ecclesia) – O Governo classificou como monumento de interesse público o Mosteiro beneditino de Pedroso, em Gaia, e o Mosteiro de São Simão da Junqueira, em Vila do Conde, segundo portarias publicadas hoje em Diário da República.
Em relação ao Mosteiro de Pedroso, a portaria refere que se desconhece a data exata da fundação, mas adianta que a mesma é “presumivelmente anterior ao século X, tendo o cenóbio recebido carta de couto de D. Afonso Henriques em 1128”.
“Apesar das profundas transformações sofridas ao longo dos tempos, o conjunto do Mosteiro de Pedroso ainda assume o valor simbólico de um mosteiro beneditino de fundação anterior à própria nacionalidade, conservando de alguma forma a unidade edificada da igreja e edifícios complementares, integrados num notável enquadramento agrícola e florestal”, pode ler-se.
Já o Mosteiro de São Simão da Junqueira, dedicado aos apóstolos Simão e Judas Tadeu, data do século X, tendo a comunidade adotado a regra de Santo Agostinho em meados do século XII.
O declínio do mosteiro teve início no século XVI, quando esteve sujeito ao regime comendatário, sendo extinto em 1770, ao que se seguiu a sua utilização como casa particular, “reconstruída com características solarengas e organizada em torno do claustro”.
A atual igreja foi construída em finais do século XVII, obra que “fez desaparecer todos os vestígios dos edifícios medievais anteriores, dando origem a um templo barroco”.
O Governo classificou ainda como monumento de interesse público a igreja de Santo
Amaro ou igreja da Misericórdia de Castelo de Vide (Distrito de Portalegre), “resultado da reconstrução oitocentista de uma pequena ermida da mesma invocação, erguida em 1494 num arrabalde da vila”, cuja posse passou em 1534 para a Santa Casa da Misericórdia local.
OC
