Fátima: Peregrinação de sacrifício e de serviço

Jovens e voluntária partilham experiências feitas a caminho do santuário mariano

Lisboa, 12 mai 2014 (Ecclesia) – Milhares de peregrinos estão a caminho do Santuário de Fátima para participarem nas cerimónias da peregrinação de maio maio, um roteiro de fé que para muitos se torna também numa experiência transformadora de vida.

Em declarações à Agência ECCLESIA, Catarina Serralheiro, de 17 anos, destaca os momentos “de silêncio e oração, de festa e partilha” que a fizeram compreender melhor o que é “ser Igreja” e a presença dos mais velhos no grupo, que constituem um exemplo para os jovens.

“Para nós, o desafio de caminhar não é assim tão grande, mas para as pessoas mais velhas isso não acontece, elas estão a fazer um sacrifício e conseguem fazê-lo com um sorriso nos lábios, e isso é muito importante, enche-nos o coração”, realça a jovem lisboeta.

Atualmente a frequentar o 12.º ano na área das Ciências Socioeconómicas, Catarina Serralheiro entende que peregrinar até Fátima a tem ajudado “a dar mais valor àquilo que recebe” das outras pessoas, nos mais variados contextos da vida.

“E também a dar mais aos outros, acho que é assim que também trago mais Nossa Senhora para o meu quotidiano”, salienta.

[[a,d,4608,Emissão 08-05-2014]]Para Pedro Robalo, um estudante de Engenharia e Gestão Industrial, de 20 anos, foi a “alegria” estampada no rosto dos peregrinos, mesmo no meio das “dores e da dificuldade”, que despertou a vontade de cumprir, pela primeira vez, o percurso a pé até à Cova da Iria.

Agora compreende que essa felicidade nasce da convicção de que o desafio de fazer-se à estrada, com calor ou frio, chuva ou sol, bolhas nos pés e dores nos músculos, é sobretudo uma oferta, a Deus, a Maria, a um familiar, a um amigo, a um colega de caminhada, como foi o seu caso.

“Acabamos por sentir-nos mais leves porque isto é para ti, vamos lá, vou dar tudo por ti”, complementa.

Por estes dias, são também muitos os homens e mulheres que se entregam ao serviço de apoio aos peregrinos.

Rita Maia e Moura, já com alguns anos de experiência nesta área, junto dos peregrinos da Unidade Pastoral de Nova Oeiras e São Julião da Barra, na Diocese de Lisboa, descreve o que é pedido nesta missão.

“Há muitas tarefas, desde acompanhar peregrinos, a animação, a cozinha, a coordenação, a montagem e desmontagem de mesas, uma série de situações que têm de ser coordenadas, tem de haver um responsável por cada secção e depois uma equipa que ajuda e acompanha”, explica a voluntária.

A designer de 44 anos tem feito uso da sua formação e experiência profissional para ajudar os peregrinos a viverem ainda mais intensamente a sua caminhada e a “sentirem-se acolhidos”.

“Uma tarefa que adoro, que é a decoração, arranjar flores para o altar, dar um miminho ao peregrino, arranjar elementos que eles guardem até ao ano seguinte, criar pormenores que façam a diferença”, sublinha.

Apesar de nunca ter feito a caminhada a Fátima, Rita Maia e Moura entende que o seu trabalho é também uma forma de peregrinação.

“Gosto de estar do outro lado, de os ver chegar, de os ver arrancar, ainda não estive do lado do caminhante, mas hei de estar”, conclui.

O Programa ECCLESIA, na Antena 1, partilha nesta semana, diariamente pelas 22h45, experiências de pessoas envolvidas na peregrinação ao Santuário de Fátima.

SN/JCP

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Agência ECCLESIA

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