Patriarca de Lisboa reeleito como presidente da Conferência Episcopal Portuguesa
Fátima, Santarém, 30 abr 2014 (Ecclesia) – D. Manuel Clemente, reeleito esta terça-feira como presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), assume como prioridade manter o rumo definido com a nota pastoral ‘Promover a Renovação da Pastoral da Igreja em Portugal’, publicada em abril de 2013.
“Continua a ser o nosso documento base”, disse à Agência ECCLESIA, em Fátima, onde decorrem os trabalhos da assembleia plenária do organismo episcopal.
O patriarca de Lisboa afirma que o presidente da CEP é um “moderador do trabalho dos colegas”, integrados na dinâmica da Igreja universal que, neste momento, se prepara para um Sínodo dos Bispos sobre uma “problemática maior”, a família, em duas assembleias (2014 e 2015).
“Nós não podemos alterar o essencial daquilo que é a proposta bíblica e concretamente de Jesus Cristo em relação à verdade da família e do casamento. Não está na nossa mão nem queremos”, recorda.
D. Manuel Clemente destaca que o centenário das aparições, em 2017, no Santuário de Fátima, que diz respeito a toda a Igreja em Portugal.
“É um fenómeno que dá um cariz muito próprio ao catolicismo português, ao longo do século XX e agora no século XXI. A partir de 1917, e sobretudo depois de 1930, da aprovação pelo então bispo de Leiria, Fátima passou a ser um lugar central das Igrejas do país”, precisa o especialista em História da Igreja.
“A Igreja em Portugal não se compreende sem Fátima”, insiste.
O presidente da CEP espera que antes da vinda do Papa Francisco, em 2017, a Igreja em Portugal saiba “cumprir” o programa delineado pelo pontífice na exortação apostólica ‘A alegria do Evangelho’.
Neste contexto, o patriarca de Lisboa deixa votos que as comunidades católicas sejam “um centro de acolhimento”, de “constante projeção missionária e evangelizadora”.
A CEP reconduziu também no cargo o seu vice-presidente, D. António Marto, para o triénio 2014-2017.
O organismo vai ter um novo secretário, o sacerdote dehoniano Manuel Barbosa, atual diretor do Secretariado Geral da Conferência Episcopal Portuguesa, que sucede no cargo ao padre Manuel Morujão.
De acordo com um comunicado enviado à Agência ECCLESIA, a Assembleia Plenária elegeu como vogais do Conselho Permanente da CEP os seguintes membros: D. Jorge Ortiga, arcebispo de Braga; D. António Francisco dos Santos, bispo do Porto; D. José Alves, arcebispo de Évora; D. Anacleto Oliveira, bispo de Viana do Castelo; e D. Virgílio Antunes, bispo de Coimbra.
A CEP foi formalmente reconhecida a seguir ao Concílio Vaticano II, em 1967, com a ratificação pela Santa Sé dos primeiros Estatutos aprovados na Assembleia Plenária de 16 de maio, revistos posteriormente em 1977, 1984, 1999 e 2005.
Além da Assembleia Plenária, a CEP tem como órgãos (eleitos por 3 anos) o Conselho Permanente, as Comissões Episcopais e, de caráter executivo, o Secretariado Geral e os Secretariados Nacionais.
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