Braga, 29 abr 2014 (Ecclesia) – O santuário do Sameiro, na Arquidiocese de Braga, reuniu, no domingo, centenas de peregrinos para celebrar as canonizações dos Papas João XXIII e João Paulo II, unindo-se em oração pela Igreja Universal e de um modo particular pelos católicos perseguidos.
A celebração iniciou-se com uma procissão informal, “desde o lugar onde está implantada a estátua de João Paulo II até à cripta, onde foi celebrada a Eucaristia, ao que se seguiu um momento de veneração da relíquia, uma gota de sangue, do agora Santo João Paulo II”, revela o portal da Arquidiocese de Braga.
“Conheci estes os dois Papas que acabam de ser proclamados santos, mas tenho uma devoção especial ao Papa João Paulo II. Ele esteve aqui no Sameiro, é-nos muito próximo, foi um grande admirador de Nossa Senhora, e eu também sou, faço todos os anos a peregrinação de agosto ao Sameiro”, disse a peregrina Lúcia Rodrigues em declarações à página da internet da arquidiocese.
O presidente da Confraria do Sameiro, o cónego José Paulo Abreu, que presidiu às celebrações, realçou que o Sameiro tem “razões acrescidas” para celebrar a canonização de João Paulo II, uma vez que ele foi “o único representante de Pedro que pisou o solo do Sameiro”.
“Era um Papa muito empático, que nos deixou marcas fundas no coração, no coração do nosso povo. Temos aqui no Sameiro uma relíquia dele, uma gota de sangue, e outra na Sé, um cabelo. São sinais visíveis, palpáveis, da presença do Papa João Paulo II, mas mais do que esses sinais palpáveis há a devoção e a estima que o nosso povo tem por ele”, acrescentou.
Na celebração deste domingo, o santuário do Sameiro fez questão não só de expressar a sua gratidão ao Papa polaco, como também de lembrar que “a santidade é um projeto possível”, explica o cónego José Paulo Abreu.
Ao longo da procissão foi recitado o terço e foram evocados os dois Papas canonizados, sendo que os peregrinos rezaram também “pelos jovens, pelos doentes, pelos cristãos perseguidos, pelas crianças do mundo inteiro”.
MD