Caracas, 05 abr 2014 (Ecclesia) – A Conferência Episcopal Venezuelana (CEV) acusou em comunicado o presidente Nicolás Maduro de tentar impor um “governo totalitário” no país sul-americano, que há dois meses vive num clima de protestos e violência.
O documento intitulado ‘Responsáveis pela Paz e destino democrático da Venezuela’ foi assinado pelos bispos da presidência da CEV e enviado à Agência Fides, do Vaticano.
A onda de protestos contra o governo venezuelano já provocou 39 mortos e 500 feridos, em várias cidades do país.
D. Diego Rafael Padrón Sánchez, arcebispo de Cumaná e presidente da CEV, lamentou a “polarização política ocorrida no país” depois de uma série de manifestações contra o governo iniciadas por estudantes, a 4 de fevereiro, criticando ainda “a inflação de 57%, a escassez de alimentos, a repressão da parte da Guarda Nacional e a detenção dos opositores”.
“Reiteramos o nosso forte pedido de que o governo desarme os grupos civis armados. A sua ação coordenada, de acordo com certos esquemas, demonstra que não são grupos isolados ou espontâneos, mas treinados para intervir violentamente”, alertam os bispos católicos, segundo os quais estes grupos agiram várias vezes “com impunidade, sob o olhar indiferente da polícia”.
A CEV conclui com a afirmação de que “todos, sem exceção, são responsáveis pela liberdade, paz e destino democrático” do país.
OC