«Sim ao progresso, mas para o bem de cada um e de todos os homens» A Santa Sé convocou especialistas de todo o mundo para um encontro internacional da Federação dos Centros de Bioética e dos Institutos de Bioética de inspiração personalista. A iniciativa desenrola-se desde segunda-feira, na Universidade católica do Coração de Jesus, em Roma. O vice-presidente da Academia Pontifícia para a Vida, D. Elio Sgreccia, que participa dos trabalhos, referiu à Rádio Vaticano que “hoje em dia encontramo-nos num dilema. A primeira hipótese é que o progresso que se faz na genética e em outros ramos do que o homem pode conhecer humano se coloque ao serviço da dignidade do homem, para as terapias das doenças, respeitando sempre a vida humana do indivíduo, do embrião, do moribundo”. “Esta é a estrada que nós seguimos: sim ao progresso, mas para o bem de cada um e de todos os homens”, acrescenta o responsável. A Igreja Católica opõe-se, contudo, a que se utilize esse progresso “para obter ganhos, sucesso, mas passando por cima do respeito que se deve sobretudo àquela fase da vida humana na qual o sujeito não pode se defender, isto é, a fase do embrião, do feto”. Para D. Sgreccia, a missão dos católicos na política, é de ser muito responsável quando se lida com leis que dizem respeito aos destinos da humanidade e à dignidade do ser humano, muito mais do que quando se trata de questões económicas, de questões de contrato social ou de questões de desenvolvimento da sociedade do bem-estar. “É preciso salvaguardar a dignidade, o ser do homem e depois, consequentemente, desse ser, dessa dignidade, buscar o bem-estar, o tipo de sociedade que se quer construir”, referiu.
