8ª edição da iniciativa decorre por ocasião da Festa da Anunciação do Senhor
Jamhour, Líbano, 26 mar 2014 (Ecclesia) – O Papa Francisco enviou uma mensagem aos participantes do encontro de oração cristão-islâmico que termina hoje no Líbano, onde manifesta a sua satisfação em ver cristãos e muçulmanos unidos pela devoção à Virgem Maria.
Trata-se da 8ª edição do encontro que se realiza por ocasião da Festa da Anunciação do Senhor, celebrada esta terça-feira, dia de feriado nacional no Líbano desde 2010.
Na mensagem, o Papa Francisco manifesta “a sua satisfação em ver cristãos e muçulmanos unidos pela devoção à Virgem Maria”, dado que o Santuário de Nossa Senhora do Líbano, em Harissa, é um lugar abençoado, onde todos podem invocá-la”.
O Papa Francisco reitera ainda as palavras do Beato João Paulo II quando visitou o Líbano em 1997: “Junto com vocês, confio a Nossa Senhora do Líbano todos os filhos e filhas desse país. Ó Virgem santíssima, concede a este povo de origem antiga, mas sempre jovem, manter-se digno herdeiro da sua ilustre história, construindo com dinamismo o seu futuro no diálogo entre todos, no respeito mútuo dos diferentes grupos, na concórdia fraterna”.
Francisco conclui a sua mensagem confiando todos os participantes do encontro de oração cristão-islâmico e os libaneses “à intercessão da Virgem Maria, Rainha da Paz, protetora do Líbano”.
O secretário do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso, padre Miguel Ángel Ayuso Guixot marcou presença neste encontro promovido pela igreja de Notre Dame de Jamhour, pela Associação dos Antigos Alunos do Colégio da Universidade de São José e do Colégio Notre Dame de Jamhour.
Em discurso proferido esta terça-feira, o padre Miguel Guixot afirmou que “o diálogo é uma comunicação biunívoca que consiste em falar, ouvir, dar e receber em vista de um desenvolvimento e enriquecimento mútuo”.
Em sintonia com o Papa Francisco, o sacerdote destacou a devoção comum entre cristãos e muçulmanos à Virgem Maria, mencionada várias vezes no Alcorão, afirmando que “ela é um modelo de diálogo porque nos ensina a crer, não se detém nas certezas, mas abre-se aos outros e permanece disponível”.
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