Lisboa, 13 mar 2014 (Ecclesia) – A irmã de D. José Policarpo recordou hoje o “ar de felicidade” do patriarca emérito de Lisboa no seu último aniversário (26 de fevereiro) que faleceu esta quarta-feira, na capital portuguesa.
Maria Edite Policarpo revela que na festa de aniversário dos seus 78 anos, o falecido patriarca “parecia uma criança a cortar o bolo” rodeado dos sobrinhos, disse à Agência ECCLESIA.
Nos tempos de infância, D. José Policarpo e Maria Edite Policarpo iam para a escola juntos e brincaram muito.
“Tínhamos uma relação muito forte”, frisou, lembrando também a ida de D. José Policarpo para o seminário.
Elemento de uma família “muito unida”, Maria Edite Policarpo destaca os momentos de felicidade que passaram, incluindo a viagem a Roma, “quando ele foi feito cardeal”, em 2001.
A viver na zona de Sintra, D. José Policarpo aproveitou os últimos tempos para escrever, visto que tinha “várias conferências para fazer nos próximos tempos”, disse.
O cardeal, também antigo presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, faleceu esta quarta-feira, aos 78 anos, na sequência de um problema cardíaco.
D. José da Cruz Policarpo nasceu a 26 de fevereiro de 1936 em Alvorninha, Caldas da Rainha, território do Distrito de Leiria e do Patriarcado de Lisboa.
Padre desde 15 de agosto de 1961, foi ordenado bispo em 1978 (auxiliar de Lisboa), criado cardeal por João Paulo II em 2001 e participou em dois Conclaves: no de abril de 2005 que elegeu Bento XVI, e no de março de 2013, que acabou com a escolha do Papa Francisco.
O 16.º patriarca de Lisboa assumiu esta missão a 24 de março de 1998, após a morte de D. António Ribeiro, de quem era coadjutor desde março de 1997, sendo substituído por D. Manuel Clemente em maio de 2013.
O corpo do cardeal chegou hoje à Sé de Lisboa, permanecendo em câmara ardente até à Missa de exéquias, esta sexta-feira, às 16h00.
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