Lisboa, 13 mar 2014 (Ecclesia) – O motorista do patriarca emérito de Lisboa, Francisco Tavares, disse hoje que perdeu “mais do que um amigo” após o falecimento, esta quarta-feira, de D. José Policarpo.
Durante 16 anos, Francisco Tavares acompanhou D. José Policarpo e sublinha à Agência ECCLESIA que apesar de “parecer distante para algumas pessoas, o patriarca era muito afável”.
“Era uma pessoa extremamente amiga de ouvir e dar conselhos”, adiantou Francisco Tavares, que recorda “grandes conversas” tidas ao longo das viagens.
Quando “andava preocupado com alguma coisa”, o motorista ficava “mais leve e aliviado” depois de conversar com o patriarca emérito de Lisboa.
Com a voz embargada, Francisco Tavares recorda que depois da morte do seu pai, considerava D. José Policarpo “como um pai”.
Quando o falecido cardeal ia para a casa de campo, no Pego (Caldas da Rainha), era Francisco Tavares que o transportava e chegou a pernoitar na habitação.
O motorista lembra os jantares simples que os dois faziam: “Frango no churrasco, esparguete e salada”.
A última vez que estiveram juntos foi na segunda-feira, em Fátima, e Francisco Tavares recorda as últimas palavras: “Então até sexta-feira pela hora do almoço”.
O 16.º patriarca de Lisboa assumiu esta missão a 24 de março de 1998, após a morte de D. António Ribeiro, de quem era coadjutor desde março de 1997.
O corpo do cardeal D. José Policarpo vai chegar hoje à Sé de Lisboa, pelas 15h00, permanecendo em câmara ardente até às exéquias, marcadas para as 16h00 de sexta-feira.
LFS