Ucrânia: Conferência Episcopal empenhada em conseguir soluções de paz

Responsável pela Igreja greco-católica ucraniana escreveu ao episcopado português

Fátima, Santarém, 10 mar 2014 (Ecclesia) – A Conferência Episcopal Portuguesa recebeu uma carta do chefe da Igreja greco-católica ucraniana onde pede ao episcopado português para “fazer pressão” junto da opinião pública para que “haja paz” na Ucrânia, disse hoje o padre Manuel Morujão.

De acordo com o secretário e porta-voz da CEP, a missiva apresenta os problemas do povo ucraniano e desafia os bispos de Portugal a não serem “meros assistentes” dos conflitos no país, usando antes os meios possíveis para “criar uma opinião pública” que promova o “concerto entre as diversas partes envolvidas”, pelo diálogo e “não por soluções de outro género, que são de força”

“A CEP está muito aberta a este apelo e deseja que, no respeito pela identidade do povo ucraniano se cheguem a soluções de consenso para bem de todos: o povo ucraniano, a Europa, a Rússia e todas as partes envolvidas”, afirmou o padre Manuel Morujão no fim da reunião do Conselho Permanente que decorreu hoje em Fátima.

De acordo com a porta-voz da CEP, os bispos que fazem parte do Conselho Permanente analisaram também a reforma dos manuais dos professores de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC), a decorrer segundo o que “o ministério pede para todas as disciplinas”.

Os manuais são usados por cerca de 1600 professores de EMRC e o processo de atualização em curso é sustentada no que é “mais producente” para “transmitir valores da nossa sociedade aos alunos”.

Em declarações aos jornalistas, o padre Manuel Morujão referiu-se também ao primeiro aniversário da eleição de Francisco, que se assinala no dia 13 de março, considerando que o atual Papa tem criado uma “onde de solidariedade com os valores da Igreja”.

“O papa Francisco tem criado uma onda de solidariedade com os valores da Igreja. Mesmo pessoas que não são crentes, que andam longe da Igreja, têm visto que o papa Francisco é alguém que pode transmitir valores de paz, solidariedade e de justiça”, afirmou o porta-voz da CEP.

O padre Manuel Morujão considera que Papa Francisco está a “responder” às expectativas criadas no momento da eleição e espera “que ainda possa responder muito”, sublinhando como uma “intervenção extraordinária”  a sua “atitude de cercania dos pobres”, a determinação em “ir aos mais da periferia, aos que ninguém quer, ir acolhê-los, dar-lhes palavra, dar-lhes voz”.

O Conselho Permanente é um órgão delegado da assembleia dos bispos católicos em Portugal, com funções de preparar os seus trabalhos e dar seguimento às suas resoluções, reunindo-se ordinariamente todos os meses.

O organismo é atualmente constituído por D. Manuel Clemente, patriarca de Lisboa (presidente da CEP); D. António Marto (vice-presidente), bispo de Leiria-Fátima; D. Jorge Ortiga (vogal), arcebispo de Braga; D. Gilberto Canavarro Reis (vogal), bispo de Setúbal; D. António Francisco dos Santos (vogal), bispo eleito do Porto; D. Manuel Quintas (vogal), bispo do Algarve; D. António Couto (vogal), bispo de Lamego; e o padre Manuel Morujão (secretário).

LFS/PR

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