Consagrados devem ser ativos na sociedade

Francisco enviou mensagem a participantes de simpósio internacional a decorrer em Roma

Cidade do Vaticano, 08 mar 2014 (Ecclesia) – O Papa Francisco enviou hoje uma mensagem aos participantes no Simpósio Internacional da Vida Consagrada, a decorrer em Roma este fim-de-semana, incitando-os a “serem protagonistas ativos na sociedade”.

“Os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica podem e devem ser protagonistas ativos na sociedade” fazendo-o através do testemunho que podem dar mostrando “que o princípio de gratuidade e a lógica do dom podem ter lugar na atividade económica”, escreve Francisco. 

“O carisma da fundação de cada Instituto está inscrito na íntegra nesta lógica, no estar presente ,como consagrado, dando a sua contribuição real para o desenvolvimento económico, social e político”, pode ler-se na mensagem aos participantes no simpósio internacional que tem como tema “A administração dos bens eclesiásticos dos institutos de vida consagrada e as sociedades de vida apostólica”.

O Papa refere-se também à importância dos Institutos de Vida Consagrada e das Sociedades de Vida Apostólica serem sempre “voz profética e testemunha da novidade vibrante, que é Cristo”, mostrando que “fazendo-se pobres como Ele foram enriquecidos com a Sua pobreza”. 

“Esta pobreza é o amor, a solidariedade, a partilha e a caridade que se expressa na sobriedade, na busca da justiça e da alegria do essencial”, mostrando que a ideologia material “obscurece o verdadeiro significado da vida”, sublinha. 

Francisco desafia os participantes do Simpósio Internacional, organizado pela Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, para ajudarem a que a atenção da Igreja e do mundo se centre “nos pobres e nas misérias, material, moral e espiritual que a sociedade atual vive” revelando que a superação “do egoísmo faz-se na lógica do Evangelho que ensina a confiar na Providência de Deus”.

O Papa aproveita a mensagem ainda para lembrar o quão é essencial manter “a fidelidade ao carisma da fundação de cada instituto e ao seu património espiritual” sendo importante que esses sejam os critérios “de avaliação na administração e gestão das instituições”.

“Há que ser sempre vigilante para garantir que os bens dos institutos são administrados com cautela e transparência, são protegidos e preservados, combinando a dimensão espiritual com a dimensão económica e a eficiência administrativa dos institutos” que têm como tradição “não tolerar desperdícios e usar adequadamente os seus recursos”, conclui.

MD

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