Quaresma: Bispo do Funchal chama atenção para as «graves situações de pobreza, abandono, solidão e suicídio» na região

Parte da renúncia penitencial deste ano vai ser destinada à «aquisição de medicamentos» para os idosos mais carenciados

Funchal, Madeira, 06 fev 2014 (Ecclesia) – O bispo do Funchal exorta as comunidades católicas, na sua mensagem para a Quaresma deste ano, a “estarem atentas” à situação das pessoas mais desfavorecidas da região.

No texto, publicado na edição de hoje do Jornal da Madeira, D. António Carrilho sublinha que “não faltam” no Arquipélago “graves situações de pobreza, abandono, solidão e até suicídios, que a todos afligem e preocupam”.

O prelado chama ainda particular atenção para questões como “a perda do emprego, o desemprego dos jovens, a consequente emigração e separação da família”.

“Procuremos, por isso escutar o grito dos pobres, ajudá-los e partilhar com eles os dons espirituais e materiais de que possamos dispor“, aponta o bispo.

D. António Carrilho recorda que a caminhada de preparação para a Páscoa, que começou nesta Quarta-feira de Cinzas, é um tempo propício “à conversão do coração”, para a vivência “em plenitude” da “graça batismal”.

Uma graça “que se expressa na caridade e no amor concreto e solidário aos irmãos e irmãs”, sublinha o prelado.

Imbuída nesse espírito, a Diocese do Funchal convida todos os fiéis a partilharem nesta Quaresma parte dos seus bens “para apoiar a aquisição de medicamentos aos idosos que não os podem comprar”.

Uma outra parte dos donativos recolhidos durante este tempo litúrgico será enviada para ajudar na “construção da igreja catedral da Diocese de Mindelo, em Cabo Verde”.

O bispo do Funchal chama a atenção para a importância de pensar “nas situações de carência mais próximas, mas não esquecer aqueles com que se debatem tantos missionários, na sua ação evangelizadora”.

Criada há 10 anos, a Diocese do Mindelo “esteve ligada à Diocese do Funchal, quando esta foi sede de uma Província Eclesiástica (Arquidiocese), com jurisdição sobre várias dioceses criadas nos caminhos das descobertas”.

“Para um projeto de tão grande vulto, qualquer donativo que possamos fazer será apenas simbólico, mas constituirá, sem dúvida, um gesto profundamente significativo e de comunhão eclesial, no contexto deste ano jubilar dos 500 anos da nossa Diocese do Funchal”, realça D. António Carrilho.

JM/JCP

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