Renúncias diocesanas apoiam vítimas da crise

Instituições de solidariedade e religiosas são os principais destinatários

Lisboa, 05 mar 2014 (Ecclesia) – As renúncias quaresmais das dioceses portuguesas destinam-se este ano às Cáritas Diocesanas que apoiam os mais desfavorecidos e a projetos de missão nos países mais pobres e necessitados do mundo.

“Porque a penitência quaresmal deve ser também externa e social, que não só interna e individual, proponho que a renúncia quaresmal seja a favor do atendimento social e caritativo da Cáritas Diocesana”, escreve D. José Cordeiro, bispo de Bragança-Miranda, na sua mensagem para a Quaresma de 2014, uma escolha partilhada também pela Diocese de Castelo Branco-Portalegre e pela Diocese de Angra.

O Patriarcado de Lisboa anunciou que o contributo quaresmal dos seus fiéis se vai destinar à Ajuda de Berço a fim de ajudar esta instituição de solidariedade social a construir uma Unidade de Cuidados Continuados para crianças que têm problemas crónicos graves de saúde.

Já em Vila Real, o bispo D. Amândio Tomás anunciou na sua mensagem quaresmal que a renúncia feita pelos diocesanos vai reverter, este ano, a favor das Conferências de São Vicente de Paulo.

Em Beja a renúncia quaresmal além de se destinar a apoiar as vítimas da crise, através do fundo de emergência social reverte também para a formação de seminaristas em Maceió, no nordeste do Brasil, informa o bispo da diocese, D. António Vitalino.

Na Diocese de Leiria-Fátima, a renúncia quaresmal destina-se este ano à missão do Gungo, em Angola, onde estão missionários da diocese, para “construir o Centro missionário que sirva para a promoção humana e espiritual daquele povo”, lembra D. António Marto.

D. Manuel Pelino na sua mensagem quaresmal à Diocese de Santarém revela que a renúncia quaresmal vai ser destinada para “uma obra social da Diocese de São Tomé e Príncipe”.

A renúncia quaresmal da Arquidiocese de Évora vai ser encaminhada para a construção do mosteiro das Monjas de Belém, obra que está a ganhar forma no Vale Covo, na Paróquia do Couço.

O contributo quaresmal da Arquidiocese de Braga vai reverter este ano para o ‘Fundo Partilhar com Esperança’, que “responde às necessidades materiais dos mais carenciados”, e para a Diocese de Pemba em Moçambique.

Os católicos da Diocese de Coimbra vão apoiar este ano o ‘Projeto Ergue-te’, da Fundação Madre Sacramento das Irmãs Adoradoras, que lidera uma estrutura de emprego protegido para mulheres que abandonam a prostituição.

Na Diocese de Lamego, os donativos vão reverter este ano para o fundo solidário diocesano e para as missões dos Missionários Combonianos no Sudão do Sul.

Em Setúbal, o contributo penitencial dos diocesanos é para apoiar as vítimas do tufão nas Filipinas e ainda para ajudar a construir a igreja do Faralhão, em Setúbal.

O bispo de Viseu, D. Ilídio Leandro, anunciou que este ano “50 por cento dos donativos são para uma paróquia de Moçambique e os outros 50 por cento destinam-se, em partes iguais, para o Fundo Diocesano de Solidariedade e para a organização e realização do Sínodo Diocesano”.

Na Guarda, a renúncia quaresmal é direcionada este ano para “fortalecer os meios de combate à miséria material” através da Cáritas Diocesana sendo outra parte destinada ao combate “à miséria moral e espiritual sobretudo no mundo dos jovens”.

A renúncia quaresmal é uma prática proposta pela Igreja Católica em que os fiéis abdicam da compra de bens adquiridos habitualmente noutras épocas do ano.

MD

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top