Filipinas: Comitiva da Ajuda à Igreja que Sofre encontrou um povo a necessitar de ajuda para «se reerguer»

Félix Lungu, do secretariado português da fundação pontifícia, conta à Agência ECCLESIA o que viu no país asiático

Lisboa, 26 fev 2014 (Ecclesia) – O membro do secretariado português da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), Félix Lungu, integrou um grupo de representantes da Fundação numa visita às Filipinas, país assolado pelo tufão Haiyan em novembro de 2013.

“A visita teve como objetivo conhecer três realidades: em primeiro lugar conhecer a zona de devastação do tufão Haiyan que se situa sobretudo na zona central da ilha de Leyte; conhecemos outra realidade que foi um terramoto que aconteceu em outubro de 2013 na região de Bohol, que devastou a maior parte dos edifícios, igrejas e casas e também muitas vítimas a lamentar e por fim outro dos objetivos desta viagem era visitar o sul das Filipinas, a região de Mindanao onde se registam alguns conflitos entre as comunidades muçulmanas e cristãs”, explica.

Na zona afetada pelo tufão, a comitiva da AIS encontrou “uma zona devastada, de guerra, completamente destruída, as ruas estão desimpedidas para facilitar o trânsito mas ainda se vê muita destruição, parece que o tufão foi ontem”, descreve Félix Lungu, em declarações à Agência ECCLESIA.

“Ainda se veem carros e barcos em cima das árvores, as pessoas vivem em barracas improvisadas cobertas de lonas cedidas pelas organizações não-governamentais, vêm-se aliás muitos sinais da ajuda internacional”, relata.

Quando a 8 de novembro aconteceu esta tragédia natural, a AIS enviou de imediato nos dias seguintes “uma ajuda de 110 mil euros que foram entregues às estruturas de apoio social” presentes no terreno.

A visita na qual marcou presença este representante da AIS portuguesa “serviu para verificar as necessidades de reconstrução de casas, igrejas” mas também “da esperança das pessoas” que apesar das calamidades que constantemente afetam o país “continuam a sorrir”.

[[v,d,4469,Entrevista a Félix Lungu da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre]]“As pessoas com quem falei disseram-me que consideraram o tufão como uma oportunidade de continuar vivos e por isso essa era razão suficiente para sorrir”, revela Félix Lungu.

“Encontramos muitos sinais da presença de Nossa Senhora de Fátima por lá, por exemplo em Samar, há todos os meses uma procissão pelo bairro com a imagem de Nossa Senhora e as pessoas pediram-nos uma outra imagem porque a que tinham ficou danificada depois do tufão por ali ter passado”, acrescenta.

Também na ilha de Basilan, cuja capital é Isabela, há em todas as igrejas “uma imagem da Santa Isabel de Portugal” e “imagens do Santo António” de Lisboa.

Na região de Mindanao, no sul das Filipinas, a preocupação da AIS é apoiar “os trabalhos que visam a reconciliação entre muçulmanos e cristãos”.

A AIS vai lançar no mês de março uma nova campanha de ajuda às Filipinas e “a página da internet da AIS vai ter todas as informações sobre os projetos em curso da fundação nas Filipinas”.

“O povo filipino precisa de sentir a nossa solidariedade, o nosso apoio, a nossa oração e os nossos donativos que podem ajudar este povo a reerguer-se”, concluiu Félix Lungu.

PR/MD

 

http://www.youtube.com/watch?v=2QTUg3NVHgc&feature=youtu.be

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