D. António de Sousa Braga quer escrever a Francisco para lhe dar a conhecer a religiosidade deste movimento
São Miguel, Açores, 27 jan 2014 (Ecclesia) – D. António de Sousa Braga, bispo de Angra, vai escrever ao Papa para dar conta da existência do Movimento de Romeiros de São Miguel e da sua religiosidade no contexto do testemunho da fé.
“Ainda não sei como o vou fazer mas a verdade é que o Papa Francisco precisa de ser informado que nos Açores há irmãos que através do testemunho vivo comunicam a sua fé e que durante o período da romaria rezam a Deus por ele, por intercessão de Maria”, disse o bispo ao portal da diocese, lembrando ainda que o Papa “na exortação apostólica ‘A Alegria do Evangelho’ apela às romarias e a esta valorização da religiosidade popular”.
As declarações aconteceram a propósito do primeiro retiro do ano que o Movimento Romeiros de São Miguel fez este domingo na Ribeira Grande e que faz parte da “caminhada de preparação para a Quaresma”, onde se procurou debater e aprofundar “a questão da comunicação e da evangelização”, refere o portal diocesano.
O retiro contou com alguns oradores convidados entre eles o padre Júlio Rocha, professor de Teologia Moral no seminário episcopal de Angra, que dissertou sobre o tema ‘Jesus, o Eterno Comunicador’ a partir de duas pinturas.
“Deus não entra por nenhum sentido e toda a história da humanidade é uma caminhada para chegar a Deus que se manifesta na vida por sinais” disse o orador, para quem “só o amor de Deus e o amor a Deus é digno de fé”.
Para o padre Júlio Rocha, o testemunho dos romeiros é “uma das formas de comunicação” mais “exigentes e genuínas” entre as manifestações de fé e “todos deveríamos ter a possibilidade e a vontade de fazer uma romaria e realizar uma caminhada de fé como esta”.
Os cerca de 50 ranchos de romeiros da Diocese de Angra voltam a sair à rua este ano durante a Quaresma, com a participação de dois grupos provenientes do Canadá, informa a página da internet da Diocese de Angra.
MD