Francisco pede que nunca mais se repita esta «vergonha para a humanidade»
Cidade do Vaticano, 27 jan 2014 (Ecclesia) – O Papa Francisco assinalou hoje o aniversário da libertação do campo de extermínio nazi de Auschwitz, que aconteceu no dia 27 de janeiro de 1945, pedindo que a memória do Holocausto ajude a que “nunca mais se repitam tais horrores”.
Numa carta enviada ao rabino argentino Abraham Skorka, seu amigo, o Papa recorda a perseguição aos judeus durante a II Guerra Mundial (1939-1945) como uma “vergonha para a humanidade”.
Na celebração do ‘Dia da Memória’, o texto de Francisco vai ser lido estar tarde no Parque da Música de Roma, por ocasião do concerto ‘Violinos da Esperança’, um evento destinado a recordar as vítimas da Shoah.
O Papa deixa votos de que todos os que vão ouvir o concerto se possam “identificar com as lágrimas históricas que chegam a cada um através dos violinos” e sintam o “forte desejo” de trabalhar para que não se repitam tragédias como esta.
“O coração de cada um dos presentes sentirá que por detrás do som da música vive o som silencioso das lágrimas histórica, lágrimas daquelas que deixam marca na alma e no corpo dos povos”, acrescenta a missiva, escrita em espanhol e antecipada pela Rádio Vaticano.
No Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto celebra-se o aniversário da libertação, pelas tropas aliadas, do campo de extermínio nazi da cidade polaca de Oswiecim, conhecida com o nome alemão de Auschwitz.
O concerto desta tarde vai utilizar 12 violinos e um violoncelo que escaparam à destruição provocada pela perseguição nazi.
RV/OC