Responsável pelo setor no arquipélago aborda uma questão que vai marcar a «agenda da Igreja Católica» nos próximos dois anos
Angra do Heroísmo, Açores, 22 jan 2014 (Ecclesia) – O responsável pela Pastoral Familiar nos Açores propôs ao bispo de Angra, D. António Sousa Braga, fazer das famílias a grande prioridade da Igreja Católica local, nos próximos dois anos.
Em entrevista ao portal de comunicação daquela diocese, o padre José Medeiros Constância sublinha a pertinência desta questão, num período que vai ser marcado pelo “Sínodo dos Bispos sobre a Família”, no Vaticano.
“Se este é um assunto da agenda da Igreja Universal os Açores não podem ficar de fora e devem assumir este projeto”, sustenta o sacerdote.
Para preparar o Sínodo, a Santa Sé enviou a todas as dioceses e paróquias de todo o mundo um inquérito sobre os “Desafios Pastorais da Família no contexto da Evangelização”, que tocava temas como a “União de pessoas do mesmo sexo”, a “Educação dos filhos no contexto de situações matrimoniais irregulares”, o “Matrimónio segundo a lei natural” e a “Pastoral para enfrentar algumas situações matrimoniais difíceis”.
Nos Açores, as respostas já foram compiladas num documento de 40 páginas, para posterior envio à Conferência Episcopal Portuguesa, e de acordo com o padre José Medeiros Constância, podem ser “um bom roteiro” para a “prossecução do trabalho pastoral sobre a temática da família”, no arquipélago.
Um dos principais objetivos do Serviço de Apoio à Pastoral da Família e Laicado na região é estruturar a sua ação de modo a poder responder efetivamente a todos os problemas das famílias, em qualquer parte do território.
Para isso, o organismo conseguiu ter “pela primeira vez” um casal de ligação em cada uma das 16 Ouvidorias dos Açores, que estarão “em contacto permanente com a equipa diocesana”.
O próximo passo, explica o padre José Medeiros Constância, será promover também uma maior aproximação com o departamento diocesano de Pastoral Social, uma vez que atualmente, as questões mais importantes na vida das famílias tocam matérias como a crise socioeconómica e o emprego.
Para aquele responsável, é fundamental desenvolver “novas respostas” que garantam “a dignidade necessária às famílias” e contribuam para o “bem-estar e serenidade” das pessoas.
JCP