Setúbal: Padres precisam de tempo de reflexão antes da Eucaristia para «mergulharem no mistério de Cristo»

Bispo deixa alerta nas jornadas de formação do clero

Almada, Setúbal, 21 jan 2014 (Ecclesia) – O bispo de Setúbal, D. Gilberto Reis, alertou hoje, durante as jornadas de formação do clero, para o facto de os padres necessitarem de um tempo antes da Eucaristia para “mergulhar no mistério de Cristo” sem distrações.

“É preciso encontrar um tempo para mergulhar no mistério de Cristo e celebrar a Eucaristia envolvido nesse mistério”, sendo por isso determinante que imediatamente antes de celebrar a missa o sacerdote não esteja “a fazer um apontamento de uma coisa qualquer, a atender um telemóvel ou a responder a uma pessoa”, defendeu o bispo, em declarações à Agência ECCLESIA.

A liturgia, tema abordado nas jornadas de formação do Clero de Setúbal que se iniciaram esta manhã, deve ser avaliada não como “um conjunto de ritos, mas sim como um encontro com Cristo Ressuscitado ali presente de muitas formas”.

Nesse sentido, é essencial que sacerdotes e leigos se sintam envolvidos “no mistério de Cristo, cativados pela Sua Palavra, pelo Seu amor, pelos Seus gestos e quando isso acontece na cabeça é mais fácil também de acontecer no coração”, acrescentou o prelado.

Para que esta vivência da Eucaristia se reflita depois no dia a dia de padres e fiéis é necessário que “se faça um esforço” para que todos os dias “se viva nesta intimidade com Deus”.

As jornadas de formação do clero “têm tido em conta os 50 anos do Concílio Vaticano II: há 2 anos falou-se sobre o documento da Igreja (Lumen Gentium), no ano passado falou-se na Igreja no mundo moderno (Gaudium et spes) e do apostolado dos leigos (Apostolicam auctuositatem) e este ano o tema destas jornadas de formação do clero é a liturgia e sobretudo a Eucaristia algo que é o coração da Igreja”, explica D. Gilberto Reis.

Este momento de formação, de caráter anual, é também essencial “para que a Igreja se torne Igreja”, sendo uma oportunidade de “comunhão, de acertos na maneira de pensar de cada um e de aprofundamento da amizade entre sacerdotes”, conclui o bispo de Setúbal.

As jornadas de formação, que terminam esta quinta-feira, decorrem no Seminário de São Paulo, em Almada.

LS/MD

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