Igreja no Paquistão contra «lei da blasfémia»

Cristãos assasinados e condenados à morte Os recentes ataques a católicos no Paquistão, que em Maio passado levaram mesmo à morte do jovem Samuel Masih, fizeram com que o arcebispo Lawrence Saldanha, de Lahore, viesse contestar o “absurdo da lei da blasfémia” que vigora nesse país. Segundo o prelado, que presidiu ao funeral do jovem, Masih morreu na sequência dos golpes desferidos por um polícia muçulmano. Além deste caso, outros seis cristãos paquistaneses encontram-se encarcerados sob a acusação de ter violado a polémica “lei da blasfémia”. Dois presos em 2002 continuam à espera de julgamento, enquanto outros quatro condenados à morte ou à prisão perpétua apresentaram recurso. Os cristãos paquistaneses declararam que se sentem ameaçados e que temem pela própria segurança já que, só no último ano, pelo menos 38 cristãos perderam a vida em consequência de actos terroristas perpetrados pelos movimentos extremistas islâmicos. Já no ínício do mês de Maio, a Comissão Justiça e Paz da Conferência Episcopal do Paquistão pediu justiça às autoridades de Punjab pela morte de um jovem católico após as torturas às quais foi submetido por um professor e alguns estudantes de uma escola islâmica para conseguir sua conversão ao Islão. A Comissão decidiu levar os responsáveis por esta morte aos tribunais e em comunicado, denuncia a “perigosa tendência às conversões forçadas” que o facto reflecte. O jovem morreu a 2 de Maio, num hospital de Faisalabad por “falha renal”. Nos dias anteriores, os médicos tinham diagnosticado também a fractura de algumas costelas e a perda da visão. Em Novembro de 2003, outro rapaz paquistanês católico de 15 anos, foi capturado por alguns companheiros de escola e obrigado a tornar-se muçulmano. Alguns clérigos islâmicos ameaçaram-no e espancaram-no, obrigando-o a ter lições na Madrasa Jamia al Qasim al Aloom, uma escola islâmica com um colégio anexo. Zeesham Gill conseguiu fugir, mas desde então ele e seus familiares permanecem escondidos com medo de serem assassinados.

Partilhar:
Scroll to Top