Europa: D. Jorge Ortiga defende que é preciso mudar «para sair da escuridão»

Arcebispo de Braga presidiu a missa que abriu o Ano Jubilar da Irmandade de São Bento

Braga, 06 jan 2014 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga presidiu este domingo à missa que assinalou o início das celebrações do Ano Jubilar da Irmandade de São Bento e alertou para a “escuridão” que se vive na Europa.

“Uma Europa e um Portugal secularizado vão criar um mundo de confronto, vai ser um mundo de guerras novamente, e na guerra não pode existir bem-estar nem paz” sendo por isso “imperioso” seguir caminhos diversos dos atuais, pois se “se continuarem a seguir os mesmos caminhos que se têm seguido até hoje o resultado é este que estamos a experimentar: a escuridão”, alertou.

Citado na edição de hoje do jornal ‘Diário do Minho’, D. Jorge Ortiga defendeu durante a homilia que tal como na época em que viveu São Bento também os tempos atuais “são um pouco de escuridão e de perplexidade”, mas os cristãos devem procurar fazer como o patrono da Europa fez na sua altura ao abrir “clareiras” para que os povos se encontrassem e unissem.

“Não devemos cruzar os braços, estar à espera, mas reagir através de variadas iniciativas, que surgem da agricultura ou surgem de outros meios de subsistência (…) hoje impõe-se uma consciência de responsabilidade de todos na construção de uma Europa diferente”, disse.

“A União Europeia e toda a Europa têm futuro e vão conseguir proporcionar bem-estar à sociedade, às populações, desde que estejam devidamente alicerçada em valores alicerçados num humanismo integral, onde é considerada a dimensão humana e também a dimensão espiritual”, concluiu D. Jorge Ortiga, numa homilia pronunciada na nova cripta do santuário de São Bento da Porta Aberta, diante de centenas de pessoas.

A missa presidida marcou o início das comemorações do Ano Jubilar da comemoração do 50.º aniversário da proclamação de São Bento como padroeiro da Europa, pelo Papa Paulo VI.

O momento ficou marcado pela bênção das bandeiras de todos os países da Europa, do Atlântico aos Urais, a bandeira da União Europeia e a bandeira de São Bento da Porta Aberta, que foram levadas até junto do altar por crianças, relata o Diário do Minho.

No final da eucaristia, as 48 bandeiras foram hasteadas em mastros erguidos no adro do santuário, onde vão permanecer até ao final de 2015, ano da celebração do 400.º aniversário do santuário de São Bento da Porta Aberta.

Durante este ano em que se celebra o ano jubilar o arcebispo de Braga vai conceder a indulgência parcial aos “devotos peregrinos do santuário de São Bento que rezem pelo Papa, celebrem o sacramento da reconciliação, participem na missa e comunguem, se comprometam à conversão e mudem os estilos de vida mais de acordo com as promessas do batismo e exerçam um ato de caridade para com os mais necessitados” informa o jornal diocesano.

DM/MD

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