Crise/Algarve: Bispo destaca uma Igreja atenta com uma resposta «pontual»

Fundo Social diocesano desde 2001 já distribuiu quase 114 mil euros

Portimão, Faro 11 dez 20133 (Ecclesia) – O bispo do Algarve lamentou que a ajuda da Igreja Católica a situações de maior carência, em tempos de crise económica, seja sempre “pontual” e de “emergência”.

“Infelizmente tenho de reconhecer que a nossa ajuda é sempre uma ajuda pontual, de emergência. Não temos capacidade para mais. Vamos respondendo dia a dia, pontualmente, porque é isso que nós podemos fazer”, declarou D. Manuel Quintas, durante a visita pastoral a Portimão.

“Gostava que tivéssemos a capacidade de resolver os problemas mais profundos das pessoas, não apenas do ponto de vista da presença de Cristo na sua vida, mas, sobretudo, daqueles problemas a nível pessoal, familiar, cultural”, acrescentou, em entrevista à Rádio Costa D’Oiro.

O prelado explicou que “quase todos os problemas começam com o desemprego” que “significa de transtorno, mudança e alteração da vida das pessoas e de projetos” e revelou que gostava que a Igreja diocesana tivesse “condições, meios e estruturas para fazer muito mais”.

Nesse sentido, D. Manuel Quintas recordou que o Fundo Social da Diocese apoia desde fevereiro de 2009 diversas pessoas, “dando prioridade às situações de carência mais grave” concretamente “população desempregada”.

O bispo diocesano assinalou que entre maio de 2011 e maio de 2013 já se distribuíram quase 114 mil euros.

Na entrevista, o bispo destacou que na identidade algarvia transparece uma “sociedade muito plural, muito diversificada”, o que é sinal de “riqueza” de um povo “muito generoso, muito aberto”.

“No Algarve encontra-se gente de todo o país e de uma quantidade enorme de países e isso dá uma dimensão que é característica. Esta diversidade ajuda a crescer com uma capacidade de acolhimento, compreensão, tolerância e diversidade”, destacou na visita pastoral à cidade de Portimão que termina no domingo.

“Aqui já se vive aquilo que acontecerá no futuro porque, cada vez mais, seremos de muitos países e proveniências”, desenvolveu D. Manuel Quintas que considerou que “o esforço que está a ser feito há de ser compensado no sentido de não perdermos a nossa identidade e as nossas raízes”.

FD/CB/OC

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