Celebração pelas vítimas do Tufão Haiyan contou com gesto de solidariedade
Lisboa, 22 nov 2013 (Ecclesia) – O patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, presidiu a uma missa em sufrágio pelas vítimas do furacão Haiyan, nas Filipinas, e lembrou na sua homilia que Deus “chora”, convidando à confiança nele mesmo em situações aparentemente incompreensíveis.
“Nós interrogamo-nos, com certeza, porque é que o mundo é assim, porque é que somos frágeis. Nós os cristãos sabemos que Deus está connosco nesta criação e recriação das coisas, porque se fez um de nós”, declarou o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), durante a celebração que decorreu esta quinta-feira na igreja de Santa Isabel, em Lisboa.
Na celebração organizada pela Cáritas Portuguesa, D. Manuel Clemente falou num choro “ativo” e “consequente”, que faz “dar a vida”.
“Deus não está fora das coisas, mas está antes delas e por dentro delas”, explicou.
O patriarca de Lisboa sublinhou que a celebração em sufrágio pelos que sofreram a milhares de quilómetros de distância “vale pela intenção, pela presença, pela convicção”, para que tudo “se reconstrua, recomece”.
“Nós temos de acreditar na intensidade dos pequenos-grandes gestos”, acrescentou.
A coleta realizada foi entregue à Cáritas das Filipinas e soma-se aos 25 mil euros já disponibilizados pela Cáritas Portuguesa.
D. Manuel Clemente sublinhou a necessidade de “solidariedade ativa” para com as vítimas e falou do dinheiro recolhido como “um sinal, para ajudar no que for mais preciso”.
A passagem do tufão Haiyan pelas Filipinas fez milhares de mortos e milhões de afetados, com dificuldade de acesso a alimentos, abrigos ou assistência médica, segundo a ONU.
Em Setúbal também se celebrou uma missa pelas vítimas, na catedral diocesana.
A Cáritas Portuguesa abriu uma campanha de recolha de donativos com o nome ‘Cáritas Ajuda Filipinas’.
OC