Cidade do Vaticano, 07 nov 2013 (Ecclesia) – Os representantes das Comissões Justiça e Paz das Conferências Episcopais de África e Madagáscar concluíram que a luta contra a pobreza passa pela correta exploração das “potencialidades económicas de África”, num encontro realizado em Bujumbura, Burundi.
Os representantes que participaram no evento organizado pelo Simpósio das Conferências Episcopais de África e Madagáscar (SECAM/SCEAM) apresentaram um comunicado que “denúncia os fatores” que “contribuem para o empobrecimento das populações africanas”, como: “tráfico de seres humanos e comércio de órgãos”; “a insegurança crescente em países e regiões de África” e relembram situações na República Centro-Africana ou “os conflitos” na República Democrática do Congo
Do encontro em Bujumbura, destacam também “a falta de respeito pelos direitos humanos”, especialmente contra os migrantes, e o “fanatismo e o extremismo religioso” em países como a Nigéria, o Mali, o Egito, a Somália, o Quénia e a Tanzânia.
Os participantes alertaram ainda para a “corrupção” em “numerosas administrações”, contra a “exploração ilegal de recursos naturais africanos por interesses particulares” cujos “retornos económicos e fiscais” para os países não são “justos”.
O comunicado, dos representantes das Comissões Justiça e Paz, revelam também preocupação pela gestão do Rio Nilo, no Egito, e desejam que haja um “diálogo paciente e frutuoso” sobre a sua administração, revela a Agência Fides.
Os responsáveis concluíram que a pobreza e a miséria originam tragédias como as que ocorreram ao largo da ilha italiana de Lampedusa, no Mar Mediterrâneo.
Fides/CB