No Dia do Exército, D. António Couto disse que «rezar é um ato de verdade e coragem» e «para militares».
Lamego, Viseu 28 out 2013 (Ecclesia) – D. António Couto, bispo de Lamego, disse este domingo na eucaristia que assinalou o Dia do Exército que “rezar é um ato de verdade e coragem” e “para militares”.
“Rezar não é para beatos e beatas de trazer por casa. Rezar é para militares e militantes. Rezar é um acto de verdade e de coragem, que implica o máximo risco”, afirmou o bispo de Lamego
D. António Couto comentou o texto do Evangelho lido na missa de domingo, que contava a parábola do fariseu e do publicano [Lucas 18,9-14].
Para o bispo de Lamego, no publicano “sempre ao fundo da cena”, vê-se um verdadeiro e assumido pecador algo raro porque encara a “situação-limite que é rezar” de dizer toda a verdade e mesmo sendo um “traidor à pátria judaica”, pelas funções que desempenha, tem coração e “pede a Deus a esmola do perdão”.
O publicano “desceu justificado para sua casa”, explica Jesus na parábola e o D. António Couto assinalou aos militares que “justificar significa transformar um pecador em justo” e que este ato é igual a “Criar ou Recriar um homem novo”, uma ação que só “Deus é sujeito em toda a Escritura”.
Segundo bispo de Lamego, o fariseu que existe em cada um desperdiça o tempo de rezar, julga-se o centro do mundo e “debita faturas a Deus e insultos aos outros” porque jejua mais vezes do que lei manda ou paga o dízimo de todos os seus rendimentos.
As comemorações oficiais do Dia do Exército foram assinaladas este ano em Lamego, no dia 27 de outubro, contando com a presença de mais de seiscentos militares e meios mecanizados.
O bispo da diocese de Lamego presidiu à missa do Dia do Exército porque o novo bispo da Diocese das Forças Armadas e de Segurança, D. Manuel Linda, nomeado a 10 de outubro, ainda não tomou posse do cargo.
CB/PR