Cristianismo é mais do que uma filosofia, defende Francisco
Cidade do Vaticano, 16 out 2013 (Ecclesia) – O Papa Francisco disse hoje que uma Igreja “fechada”, constituída por “cristãos de sacristia”, atraiçoa a sua natureza e a missão que lhe foi confiada.
“Uma Igreja que se fecha em si própria e no passado, uma Igreja que apenas olha para as pequenas regras de costumes, de atitudes, é uma Igreja que atraiçoa a sua própria identidade. Uma Igreja fechada trai a sua própria identidade”, declarou, na catequese da audiência pública semanal, perante dezenas de milhares de pessoas na Praça de São Pedro.
A intervenção partiu da definição da Igreja Católica como “apostólica”, porque tem “as suas raízes no ensinamento dos apóstolos, testemunhas autênticas de Jesus”.
Essa Igreja, referiu o Papa, tem os olhos postos no futuro com a “firme consciência de ser enviada, enviada por Jesus, de ser missionária, levando o nome de Jesus com a oração, o anúncio e o testemunho”.
“Redescubramos hoje toda a beleza e a responsabilidade de ser Igreja apostólica. E lembrai-vos: apostólica porque rezamos – a primeira missão – e porque anunciamos o Evangelho com a nossa vida e também com as palavras”, pediu aos presentes.
Francisco sublinhou que a fé cristã não se funda sobre “uma ideia, uma filosofia”, mas sobre a pessoa de Jesus, a partir da “experiência fundamental de Cristo que tiveram os apóstolos”.
“Confessar que a Igreja é apostólica significa sublinhar a profunda ligação, constitutiva, que ela tem com os apóstolos, aquele pequeno grupo de doze homens que Jesus chamou um dia para si, que chamou pelo nome, para que permanecessem com Ele e para enviá-los a pregar”, prosseguiu.
O Papa deixou uma saudação aos peregrinos de língua portuguesa, particularmente os da Paróquia do Olival, em Portugal: “Queridos amigos, Jesus chama-vos a levar a alegria do Evangelho a todos os homens e mulheres, como suas autênticas testemunhas! Que Deus vos abençoe a todos”.
OC
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