Religioso português foi assassinado durante Guerra Civil Espanhola
Braga, 10 out 2013 (Ecclesia) – D. Jorge Ortiga, arcebispo de Braga, destaca a beatificação do religioso português Mário Félix, marcada para domingo, como exemplo de santidade e da renovação para a “credibilidade da Igreja” afinal “ser cristão é difícil e exigente”.
“Não se trata essencialmente de operações cosméticas exteriores. Tudo é mais profundo e deve ser equacionado por cada um num trabalho de correspondência à graça, para caminhar na fidelidade ao Evangelho”, explica D. Jorge Ortiga, numa mensagem dirigida à diocese.
O arcebispo de Braga apresenta a santidade como “caminho obrigatório” para o qual são necessárias “referências vivas e concretas”, como o exemplo do Irmão Mário Félix, que vai ser beatificado este domingo, com mais 521 mártires da Guerra Civil Espanhola, em Tarragona, Espanha: “Uma graça que não pode ser desconhecida ou desconsiderada”.
“A vida nunca pode significar contentar-se com a mediocridade ou com a banalidade de hábitos repetidos sem grande consciência”, acrescenta.
O prelado revela que a palavra “renovação” é a mais repetida: “Sinto a sua necessidade para a credibilidade da Igreja, só que importa interpretá-la justamente”.
O futuro beato [Manuel José de Sousa] nasceu em Santa Marta de Bouro, a 27 de dezembro de 1860, tendo sido fuzilado em Griñon, a 30 quilómetros de Madrid, a 28 de julho de 1936, após 48 anos de vida religiosa, na qual assumiu o nome de Mário Félix.
Além do religioso português, o grupo de 522 novos beatos inclui 514 espanhóis, três franceses, dois cubanos, um colombiano e um filipino.
“Ser cristão é difícil e exigente”, considera o arcebispo primaz de Braga.
Neste caminho para a santidade, D. Jorge Ortiga expressa também “alegria” pela organização do processo de beatificação de monsenhor Albino Silva, ordenado em Braga,que serviu a Igreja no Brasil.
O prelado também destaca a figura do padre Manuel Gomes Gonçalvez, sacerdote de Braga que foi beatificado no Brasil a 21 de outubro de 2007.
CB/OC