Lisboa, 04 out 2013 (Ecclesia) – O patriarca de Lisboa considera que assinar a petição pela vida uma ação de “cidadania europeia”, um alerta para as “instituições e os responsáveis” e destaca que a iniciativa deste domingo que partiu da sociedade civil.
“Vivemos em sociedades democráticas que exigem uma constante corresponsabilidade e participação da parte dos cidadãos, e esta petição proveio do laicado católico e de outras pessoas que se preocupam na Europa neste campo dos direitos humanos básicos”, explicou D. Manuel Clemente à Rádio Renascença.
“Há coisas que têm sido legisladas muito apressadamente, ou seja, deixam-nos surpreendidos com essa mesma legislação, quer em termos nacionais, quer europeus”, acrescentou o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP).
A petição europeia ‘Um de Nós’ pretende o fim do financiamento de ações que destruam embriões humanos na União Europeia e, este domingo, realiza-se um dia nacional de recolha de assinaturas, com o apoio da CEP.
D. Manuel Clemente assinala que tanto o Papa emérito Bento XVI como o Papa Francisco “foram os primeiros a aderir” mas que nas celebrações dos 50 anos do Concílio Vaticano II, a responsabilidade é de “todos os batizados”: há muitas iniciativas em que os leigos não têm de estar à espera da hierarquia.
A petição ‘Um de Nós’ tem um dia nacional para recolha de assinaturas, este domingo, e no sábado, em Lisboa, vai decorrer a quarta ‘Caminhada pela Vida’, “também como manifestação de cidadania democrática em que as pessoas ocupam o lugar público, que é de todos, para manifestar aquilo que lhes vai na intenção e aquilo que levam por diante como causa legítima”, desenvolve D. Manuel Clemente.
“Não é uma questão imediatamente confessional”, assinala o patriarca de Lisboa e explica que como na petição aderiram “outros líderes religiosos” também na caminhada são todos bem-vindos.
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