Setúbal: Bispo celebrou bodas de ouro sacerdotais

D. Gilberto Reis destaca importância de ir «mais longe» no cumprimento da missão da Igreja

Setúbal, 23 set 2013 (Ecclesia) – O bispo de Setúbal celebrou com a diocese os seus 50 anos de ordenação sacerdotal, um momento em que sublinhou a importância de “ir mais longe” na missão da Igreja.

“A vida cristã e a vida sacerdotal é sempre um caminho e tradicionalmente a Igreja vê estes momentos jubilares como uma oportunidade de fazer um exame de consciência, com a oportunidade de ir sempre mais longe, do homem e do mundo caminharem para Deus”, revelou D. Gilberto Reis à Agência ECCLESIA.

Deste percurso de 50 anos, que começou na Diocese de Vila Real, o prelado destaca, sobretudo, a fidelidade de Deus na sua vida, na vida da Igreja e com o mundo, “presente no seu povo, santificando-o e de uma maneira impressionante”, explicou.

“Uma fidelidade de Deus que vejo no coração de tantas pessoas, crianças, jovens, adultos, homens e mulheres que vivem para o Senhor de uma forma bela, apaixonada no meio de tantas dificuldades”, acrescentou D. Gilberto Reis.

A Diocese de Setúbal assinalou este sábado o 50.º aniversário da ordenação sacerdotal do seu bispo com uma missa às 12h00, na Sé local.

Na homilia, o prelado referiu que o jubileu é um ponto de partida e de chegada, “na presença de todos como discípulo e pastor”.

Na festa do chamamento do Apóstolo São Mateus, D. Gilberto Reis convidou “as pessoas a cantar a fidelidade de Deus em tantas formas manifestada” e relembrou que a Igreja é chamada “a ir ao encontro dos chamados pecadores e publicanos de hoje, tanta gente marginalizada do nosso mundo para a fazer sentar à mesa do reino”.

O padre José Lobato, vigário geral, assinala que tanto os sacerdotes como os leigos descobriram no bispo de Setúbal uma “preocupação um bocadinho antecipada em relação ao que é o Papa Francisco”: “Alguém que quer estar próximo, que não quer saber das estatísticas mas quer conhecer os problemas, as pessoas, quer saber como vivem e os pormenores de cada paróquia”.

Nestes 15 anos de bispo diocesano, D. Gilberto Reis visita regularmente as paróquias, muitas vezes sem ser anunciado, e revela uma proximidade que agrada os fiéis.

A irmã Fátima Ferraz, da Congregação das Franciscanas Missionárias de Nossa Senhora, chegou há um ano à diocese e refere que D. Gilberto “gosta de estar no meio do povo”, dando resposta aos apelos do Papa: “É um testemunho muito grande de pobreza, vive-a e também testemunha o Cristo ressuscitado. Vive o seu episcopado com muita alegria e com muita presença à sua igreja de Setúbal”.

Maria Cândida Marques também testemunha a proximidade e a simplicidade de D. Gilberto Reis, “é um homem que vai ao encontro dos mais simples com a sua maneira de estar, vai sem aparato, no seu carro, chega sem avisar e está como um irmão normal e isso tem sido muito bom para nós como testemunho de Igreja”.

E os mais novos também são cativados pelo seu bispo que tem “palavras muito simples e muito certeiras” sempre com “alegria”, explica Victor Branco, do Seixal.

“Sempre que o vejo tem um sorriso na cara seja qual for o tema sobre o qual vem falar, é com um sorriso que ele nos recebe e é com esse sorriso que depois saímos com mais vontade e mais força para amar”, acrescentou o jovem.

O prelado foi ordenado padre na Sé de Vila Real; foi nomeado auxiliar do Porto a 16 de novembro de 1988, por João Paulo II, ordenado bispo em 12 de fevereiro de 1989, e chegou a Setúbal em 1998.

CB

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